A Volvo começa por Curitiba (PR) cronograma de demonstrações em operações reais com o BZL, ônibus urbano 100% elétrico da marca. Em parceria com a prefeitura o modelo atenderá de linhas de integração entre bairros e terminais do sistema BRT da cidade, rotas somam diariamente em tornam 135 mil passageiros.

A programação de teste se mostra decisiva para a produção do modelo no País. “Ainda não posso revelar uma data, já estamos preparando a fábrica com uma para eletrificação”, confirma André Marques, presidente da Volvo Buses na América Latina.

Segundo o executivo, para o projeto a fabricante aplica R$ 250 milhões, parte do programa de investimento de R$ 1,5 bilhão anunciado no começo do ano passado até 2025.

“Negociações com fornecedores já estão andamento”, afirma e adianta que um deles é a BorgWarner para suprimento de baterias a partir de Piracicaba (SP), unidade onde empresa investiu para montagem de células de baterias.

LEIA MAIS

→Volvo anuncia investimento de mais R$ 1,5 bi até 2025

→Volvo programa testes com ônibus elétrico na América do Sul

BorgWarner trabalha para ampliar nacionalização das baterias

O presidente da Volvo Buses conta que para o processo para a produção do BZL é relativamente simples, afinal, sistemas de freio, suspensão e direção são comuns ao ônibus convencional a combustão. “A flexibilidade da operação permite produção dos chassis na mesma linha, além de diferentes tamanhos.”

Com a eletrificação, a Volvo confirma que ampliará a oferta de chassis para diversas aplicações no transporte de passageiros, em categoria intermediárias e de alta capacidade como os articulados e biarticulados.

Um reforço na decisão de produzir o BZL no País, vem da própria cidade de Curitiba. O município, além de preparar um edital de compra em um novo modelo de concessão, já tem R$ 200 milhões reservados para aquisição do primeiro lote de 70 ônibus elétricos. A previsão é de que os novos veículos comecem a rodar a partir de junho de 2024.

O BZL, de Bus Zero Low, em referência a veículo de emissão zero e piso baixo, preparado para rodar em Curitiba, é configurado como 4×2, tem baterias de íon lítio de 94 kWh dispostas no teto. Conta um motor elétrico traseiro de 200 kW e torque de 425 Nm. O chassi foi encarroçado pela Marcopolo com a carroceria Attivi de 12,6 metros de comprimento. A capacidade nominal é para 80 passageiros e promete autonomia entre 200 e 300 km.

Além de Curitiba, a Volvo também preparou unidades do BZL de acordo com as autoridades do transporte local para demonstrações em São Paulo, na chilena Santiago e na capital colombiana Bogotá


Foto: Volvo Buses/Divulgação

Décio Costa
ASSINE NOSSA NEWSLETTER GRATUITA

As melhores e mais recentes notícias da indústria automotiva direto no sua caixa de e-mail.

Não fazemos spam!