A venda de caminhões reagiu em agosto, com 8.968 emplacamentos ante os 8.104 do mês anterior, o que representou crescimento de 10,6%. Considerando que o número de dias úteis foi de, respectivamente, 23 e 21, pode-se dizer que a média diária praticamente se manteve estável, na faixa de 385 unidades.
Tanto é que em relação a agosto de 2022, quando foram licenciados 12.297 caminhões, houve recuo de 27%. E no acumulado dos oito meses a queda é de 16,7%, com venda total de 67.426 unidades este ano e 80.904 no ano passado.
Ao divulgar os dados, a Fenabrave destaca os juros elevados, a restrição ao crédito e os desafios da mudança de tecnologia do Euro 5 para o Euro 6 como impeditivos para o mercado de caminhões reagir de forma mais efetiva.
A entidade lembra, contudo, que o governo mantém estímulo para o segmento, o que contribuiu para um desempenho melhor em agosto. Segundo o MDIC, já foram utilizados R$ 100 milhões via o programa para a aquisição de veículos de transporte de carga.
“O mercado está se ajustando em relação aos valores dos veículos e, em agosto, 77% dos caminhões emplacados foram com a tecnologia Euro 6″, informou José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
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De acordo com o executivo, as MPs 1.175 e 11.estão surtindo efeito e os programas de financiamento, que serão baseados na SELIC e foram anunciados recentemente pelo governo federal, são benéficas ao segmento e à toda sociedade, “pois contribuem para termos modelos mais novos e seguros nas vias brasileiras”.
O segmento de ônibus também vem sendo beneficiado pelas MPs, com liberação de R$ 170 milhões de um total de R$ 300 milhões previsto no programa. “Além disso, temos o Programa Caminho da Escola, que sempre alavanca os números do mercado de ônibus, que vem em uma recuperação consistente em 2023, apesar da base baixa de comparação dos últimos anos”, comenta Andreta Jr.
Foto: Divulgação/Volvo
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