A produção da indústria automotiva brasileira atingiu 227 mil veículos em agosto, volume próximo ao de maio (227,9 mil), até então o melhor mês do ano, e 24% superior ao de julho (183 mil). O mês foi marcado por nenhuma paralisação de fábrica, o que vinha ocorrendo antes por causa de retração da demanda ou falta de componentes.
O desempenho na área produtiva foi comemorado pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, que atribui os números a uma preparação para o segundo semestre, período tradicionalmente mas aquecido no setor.
De qualquer forma, o aumento da oferta das montadoras também gerou expansão dos estoques nas fábricas e nas redes de concessionários, que subiram de 198,8 mil para 244,7 mil veículos, equivalentes, respectivamente, a 29 e 35 dias de produção. Ou seja, alta de 20% de julho para agosto.
No acumulado dos oito meses, saíram das linhas de montagem total de 1 milhão 542 mil unidades, volume bem próximo ao do mesmo período do ano passado, que foi de 1 milhão 549 mil. “É uma queda insignificante de 0,4% e, com isso, podemos falar em estabilidade”, destacou o presidente da Anfavea.
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Sobre o mercado interno, que caiu 7,9% no mesmo comparativo, de 225,6 mil para 207,7 mil, Lima Leite considerou um movimento natural visto que acabaram os incentivos do pacote do carro mais barato, que beneficiaram o mercado em junho e, principalmente, em julho.
“Foi o segundo melhor mês do ano em emplacamentos”, lembrou o executivo, dizendo que agora é esperar para ver o movimento em setembro, que tem menos dias úteis, para avaliar o que vem pela frente.
Outro ponto positivo em agosto foi o aumento da mão de obra de 99,6 mil para 100,1 mil funcionários, ou seja alta de 0,5%, com 500 admissões. No ano, contudo, o nível de emprego nas montadoras registra queda de 3,3%.
Foto: Divulgação/GM
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