A demanda por picapes tem sido decisiva para o crescimento do mercado brasileiro de veículos leves este ano. Enquanto a venda de automóveis teve alta de 9,2% até agosto, atingindo 1,06 milhão de unidades, a de picapes saltou 22,6%, de 204,4 mil para 250,6 mil unidades.
Considerando o segmento total de comerciais leves, que também inclui os furgões, o crescimento é de 17,7%, de 240,8 mil para 283,4 mil. Na soma dos automóveis, picapes e furgões, foram 1,35 milhão de unidades, de 10,9% sobre total de 1,21 milhão de emplacamentos dos primeiros oito meses de 2022.
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Modelos como Fiat Strada e nova Chevrolet Montana têm contribuído para o desempenho positivo no segmento. A picape da marca italiana voltou a liderar as vendas em agosto, cravando a posição no ranking dos modelos leves no acumulado do ano. Dois hatches brigam pela segunda posição, o Onix, da General Motors, e o Polo, da Volkswagen.
E tem novos modelos recém-lançados ou em vias de chegar ao mercado, como a Rampage, da marca de luxo Ram, e a Titano, da Fiat, também pertencente ao grupo Stellantis.
Ao divulgar o balanço de vendas na terça-feira, 5, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, falou das alterações no perfil do mercado ao longo da vigência do pacote do carro mais barato, que favoreceu principalmente os modelos mais acessíveis.
“A participação dos hatches chegou a 28,6%, índice que caiu para 22,7% no mês passado após o fim dos incentivos do governo. Em contrapartida, a fatia dos SUVs, nessa mesma relação, subiu de 38% para 42%.
No total, as vendas internas atingiram 207,7 mil unidades em agosto, queda de 7,9% sobre julho, quando foram emplacados 225,6 mil veículos, entre leves e pesados. No acumulado do ano, são 1,433 milhão de emplacamentos, ante total de 1,3 milhão de janeiro a agosto do ano passado. O desempenho ainda é positivo em 9,4%.
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