Ricardo Bastos defende avanços em relação ao hidrogênio no segundo ciclo do "Rota 2030", que vai ganhar novo nome
Mobilidade verde, o novo nome do Rota 2030 a partir da implementação do seu segundo ciclo, que deve ocorrer até o final do mês, foi foco de debate entre o vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e dirigentes da GWM Brasil, incluindo o diretor de relações governamentais e institucionais, e o diretor comercial, Ricardo Bastos.
O objetivo do encontro, segundo Bastos, foi mostrar dados da China e Europa com relação à eletrificação e, principalmente, falar da importância do hidrogênio no contexto brasileiro de desenvolvimento de novas tecnologias. Também participaram do encontro Tatiana Prazeres e Uallace Moreira Lima, ambos do MDIC.
“O hidrogênio vai entrar no programa Mobilidade Verde, mas achamos que ele poderia ter um protagonismo maior do que o previsto no momento. Na nossa visão, a célula de hidrogênio a partir do etanol tem grande potencial no processo de descarbonização mundial e o Brasil tem tudo para ser não apenas um produtor mas também um exportador de células de hidrogênio”, explicou Bastos.
O mapa da emissão, ou da “não emissão”, como destacou o diretor da GWM, passa no Brasil pelos híbridos plug-in e pela célula de combustível de hidrogênio a partir do etanol: “Enfatizamos no encontro com o vice-presidente que o etanol não deve ser tratado apenas como um biocombustível, mas também como energia”.
Esse tema foi amplamente debatido no último Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva promovido pela AEA Brasil realizado em meados de agosto, que teve posição praticamente consensual sobre o potencial brasileiro como produtor e exportador dessa nova tecnologia.
Dentre os principais focos do programa Mobilidade Verde estão os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e engenharia. O tema também foi destaque na primeira fase do Rota 2030, mas desta vez haverá incentivos do governo via redução de impostos e linhas especiais do BNDES, conforme já revelou o ministro Alckmin.
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A GWM, uma das maiores montadoras da China, vai iniciar operações no Brasil no ano que vem com a produção de modelos híbridos flex, a princípio uma picape e um SUV. A pré-série será iniciada em maio, quando serão inauguradas as novas instalações de Iracemápolis, no interior, onde no passado foi uma fábrica da Mercedes-Benz.
Bastos lembrou após encontro com Alckmin que a GWM trará três caminhões a célula de hidrogênio da China no primeiro semestre do próximo ano para testes no mercado brasileiro, inicialmente no transporte coletivo da capital paulista.
Foto: Divulgação/GWM
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