Depois de quatro anos, a indústria automobilística dos Estados Unidos volta a enfrentar uma greve. Desde o início desta sexta-feira, 15, trabalhadores interromperam a produção da General Motors, Stellantis e Ford em linhas de montagem dos estados do Missouri, Michigan e Ohio.

O movimento coordenado pela UAW, United Workers Auto, sindicato dos trabalhadores do setor, visa aumentos salariais de até 40% — contra até 20% estudados pelas montadoras — , além semana de trabalho de quatro dias, reajustes salariais automáticos vinculados à inflação e limitações de período de trabalhos temporários sem benefícios sindicais.

Segundo a imprensa norte-americana, perto de 12,7 mil dos cerca de 146 mil funcionários das montadoras cruzaram os braços. Esta é a primeira vez, em quase nove décadas, que a UAW consegue paralisações simultâneas em três empresas.

Se prolongada, a greve pode afetar fortemente a produção local. As três fabricantes respondem por quase metade dos veículos montados nos Estados Unidos. O UAW calcula que 24 mil veículos deixarão de ser fabricados a cada semana. Inicialmente, de modelos importantes das três fabricantes: Ford Bronco, Jeep Wrangler e Chevrolet Colorado.

Em recente comunicado, a Ford alegou que as demandas dos trabalhadores poderiam mais do que duplicar seus custos trabalhistas nos Estados Unidos.

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Foto: Divulgação/ UAW

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