A General Motors confirmou em nota que os seus empregados das fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, todas em São Paulo, decidiram em assembleias realizadas pelos respectivos sindicatos “não aceitar a proposta da empresa de um programa de desligamento incentivado (PDV)”.

A montadora não informou os termos da proposta e nem quais passos adotará para adequar a sua produção aos patamares das vendas atuais, tanto no Brasil como nos países para os quais exporta. Só admitiu que a oferta segue acima da demanda, visto não ter havido a espera reação dos mercados nos quais atua.

Segundo Renato Almeida, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a empresa fez uma proposta que independe do tempo de casa. As opções atrelam salários extras ao plano de saúde. O trabalhador pode escolher, por exemplo, em ter garantido 21 meses de plano médico grátis e nada receber além das indenizações previstas em lei.

De forma proporcional, as demais propostas são um salário extra e 18 meses de plano médico e, na sequência, dois e 15, três e 12, quatro e nove, cinco e seis e seis e três. A última opção é a de receber sete salários a mais e abrir mão de imediato do plano médico.

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A proposta não agradou os dirigentes sindicais e tampouco os metalúrgicos. Almeida diz que a posição contrária ao programa oferecido pela GM foi unanime. A montadora, segundo ele, ainda não marcou nova reunião para discutir novos passos.

O principal produto da GM, o Onix, é produzido em Gravataí, RS, que segue operando sem risco, ao menor por enquanto, de um PDV. No ABC paulista estão as linhas da Montana, Spin e Tracker, enquanto em São José dos Campos são produzidos a Trailblazer e a S10.

Nas duas unidades do interior paulista vigora, atualmente, sistema de layoff, com afastamento de parte dos funcionários.

Balanço da Fenabrave relativo ao período de janeiro a agosto mostra que a GM segue em terceiro lugar no mercado, atrás da líder Fiat e da Volkswagen. A marca italiana vendeu 296,7 mil automóveis e comerciais leves, participação de 22%. A elamã totalizou 210,1 mil emplacamentos e fatia de 15,6%, enquanto a GM vendeu 208,4 mil unidades, com 15,4% do mercado de leves.

A Montana, como relevado este mês pelo AutoIndústria, colheu em agosto seu pior resultado comercial desde que chegou ao mercado em março. Com apenas 2.884 licenciamentos, a picape Chevrolet foi a terceira colocada no ranking de picapes grandes, definido pela Fenabrave. Toyota Hilux e Fiat Toro ficaram, respectivamente, em primeiro e segundo lugares.


Foto: Divulgação/GM

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