ABYD confirmou nesta quinta-feira, 28, durante apresentação da versão Plus do elétrico Dolphin, que a pedra fundamental da fábrica de Camaçari, BA, nas antigas instalações da Ford, será assentada no dia 9 de outubro, em evento que terá participação do CEO mundial da montadora chinesa, Wang Chuanfu.

Alexandre Baldy, conselheiro da BYD no Brasil, revelou que a empresa abriu um banco de talentos para recrutar trabalhadores para a sua operação baiana, que deverá atingir perto de 5 mil empregos quando entrar em operação no último trimestre do ano que vem:

“Já recebemos 50 mil currículos”, informou o executivo, destacando que essa demanda mostra a importância do investimento da marca na Bahia. A fabricante chinesa, inclusive, já iniciou contratações para iniciar as obras necessárias no complexo de Camaçari.

O maquinário, segundo Baldy, virá da China: “Já está tudo preparado. Os embarques começam assim que assentarmos a pedra fundamental”.

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Além de estar contratando, a BYD também intensifica contato com fornecedores brasileiros, principalmente sistemistas, para nacionalizar ao máximo sua produção. O executivo revelou, inclusive, que possivelmente no dia 9 haverá anúncio de investimentos por parte de fornecedores na região.

Sobre os incentivos para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que foram derrubado na Câmara dos Deputados e agora está em análise no Senado Federal, Baldy comentou que caso os benefícios vigentes atualmente sejam mantidos até 2032, conforme previsto anteriormente, a BYD pode até ampliar o investimento já anunciado de R$ 3 bilhões.

Quando estiver em plena operação, com capacidade para 150 mil veículos/ano, a fábrica de Camaçari poderá abrigar de seis a oito modelos. No início devem ser dois carros, incuindo um híbrido plug-in flex a etanol. “Deveremos ser a primeira marca a produzir um automóvel do gênero no País”, disse Baldy.

Vale lembrar, contudo, que a Toyota, assim como a Stellantis, já anunciou intenção de fabricar plug-in flex no Brasil. A marca chinesa tem hoje 35 concessionários operando localmente e outros 65 estão em construção.

Sobre a retomada de cobrança do Imposto Importação de veículos elétricos, já admitida por representante do MDIC,  Baldyn preferiu nada comentar. “Ainda não tem nada oficial, só vamos falar quando a medida efetivamente for anunciada”.

A ideia do governo, atendendo pedido da Abeifa, é escalonar a retomada do imposto, começando com um índice mais baixo até chegar aos 23%, igual a TEC do Mercosul. Atualmente, o Imposto de Importação de veículos a combustão é de 35%.


Foto: BYD/Divulgação

 

Alzira Rodrigues
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