Com participação de 60% no faturamento da indústria brasileira de autopeças, as montadoras reduziram compras em julho e, com isso, reverteram trajetória de crescimento no ano.
Até junho verificava-se pequena alta de 0,6% nos negócios OEM e agora, no acumulado de sete meses, os fabricantes de componentes automotivos registram recuo de 2% na receita proveniente dos fabricantes de veículos. A alta nesse segmento chegou a superar 15% no primeiro trimestre e veio caindo desde então.
A pesquisa conjuntural do Sindipeças, atualizada esta semana no site da entidade, mostra que o faturamento nominal do setor, considerando todas as suas áreas de atuação, apresentou queda de 2,8% em julho sobre junho e de 9,1% no comparativo com o mesmo mês de 2022. No acumulado do ano, contudo, ainda há um leve crescimento de 2% na receita total da indústria de autopeças.
Em seu relatório, o Sindipeças destaca que o fraco ritmo da atividade nas montadoras tem sido decisivo para a desaceleração vista nos últimos meses: “Como a fatia das OEMs supera 60% do faturamento da indústria de autopeças, o desempenho da cadeia tem estrita dependência do que acontece nas fabricantes de veículos”.
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Com respeito aos principais canais de distribuição, o mercado de reposição segue apresentando o melhor desempenho, com avanço de 5% em julho sobre junho e de 21% no acumulado do ano.
Movimento positivo, segundo a pesquisa do Sindipeças, também tem sido observado nas exportações, tanto em dólares, com alta de 6% no ano, como em reais, acréscimo de 7%.
A utilização da capacidade fabril apresentou pequena queda de 1 ponto porcentual entre junho e julho, para 70%, em linha com o comportamento do setor e, em especial, das vendas menores para as montadoras.
Com relação à mão de obra, a indústria de autopeças reduziu quedro em 0,7% em jullho, mas no acumulado de sete meses registra expansão de 3,4%, índice que chega a 4% se forem considerados os últimos 12 meses.
Foto: Divulgação/Stellantis
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