Empresa

Sindicatos citam lucro da GM para questionar demissões

Trabalhadores de SCS, SJC e Mogi da Cruzes estão solicitando reunião conjunta com a direção da montadora

Além de gerar greve conjunta a partir da segunda-feira, 23, a indignação diante das demissões por telegrama e e-mails no último final de semana uniu os sindicatos dos metalúrgicos das três fábricas atingidas pelo desemprego em massa, os de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes.

As entidades emitiram nota no início da semana, lembrando que a montadora ampliou vendas no Brasil no segundo trimestre, período em que também obteve lucro 51% superior ao do mesmo intervalo do ano passado:

“Todos os cortes são injustificáveis. A montadora alega queda em suas vendas, mas registrou, ao contrário, aumento de 18,18% nas vendas brasileiras entre abril e junho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, obteve lucro líquido de US$ 2,57 bilhões (R$ 12,94 bilhões) no segundo trimestre deste ano, um aumento de 51,6% na mesma comparação”.

Nesta terça-feira, 24, também em ação conjunta, os sindicatos enviaram cartas para o presidente Luís Inácio Lula da Silva, ao ministro do trabalho, Luiz Marinho, e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para comunicar a arbitrariedade das demissões e o fato de a GM sequer ter revelado o número total de demitidos.

LEIA MAIS

General Motors demite em três fábricas de São Paulo

Após demissão, trabalhadores da GM aprovam greve

As entidades também enviaram ofício à Gerência de Relações Trabalhistas e Sindicais da montadora, exigindo a realização de uma reunião unificada entre sindicatos e empresa. Objetivo é reverter demissões e garantir os postos de trabalho.

Os três sindicatos definem a demissão coletiva como “covarde e arbitrária”, já que ocorreu sem negociação prévia com as entidades que representam os trabalhadores, o que contraria a legislação nacional.

“Além disso, em São José dos Campos e Mogi das Cruzes, a GM descumpriu acordos de layoff firmados com os sindicatos, que garantiam a estabilidade no emprego para todos das duas plantas. Em São Caetano, de igual forma, a empresa realizou os cortes de maneira unilateral, sem prévia negociação”, frisa o comunicado conjunto.

Fábricas paradas

Os metalúrgicos das três unidades da GM no estado de São Paulo estão em greve unificada por termpo indeterminado. Na quinta-feira, 26, os trabalhadores da GM de São José dos Campos e seus familiares farão um ato pelo cancelamento das demissões. A concentração será às 9 horas, na sede do sindicato, na Rua Maurício Diamante, 65, centro.


Foto: Divulgação/GM

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

Disputa acirrada entre Toro e Hilux, com vantagem para a Fiat

Com 11 concorrentes no segmento de picapes médias e grandes, vendas totais cresceram 7% este…

% dias atrás

Ford Mustang GT manual chega por aqui como modelo de colecionador

Esportivo limitado a edição de 200 exemplares custa R$ 600.000 e entregas previstas para a…

% dias atrás

BYD ocupa o 8º lugar no ranking de marcas em abril

Com risco de não vir a produzir no Brasil, conforme denúncia do Sindicato de Camaçari,…

% dias atrás

Feriados em abril impactaram vendas, mas previsões no ano continuam boas

Fenabrave mantém projeção de alta de 5% em 2025; as boas impressões deixadas pelo primeiro…

% dias atrás

Inscrições para seminário da AEA em maio vão até dia 14

Evento programado para o dia 15 terá por tema Tecnologias de Conectividade e Segurança Veicular…

% dias atrás

Stellantis abre oportunidades de trabalho para PCDs

São 80 vagas distribuídas nas unidades de Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Argentina

% dias atrás