Acordo previa investimento de US$ 5 bilhões e produção de "milhões" de automóveis de entrada
Depois de um longo namoro e até da oficialização do “casamento” no primeiro semestre de 2022, Honda e General Motors anunciaram nesta quarta-feira, 25, o fim da parceria mundial para o desenvolvimento e produção de veículos elétricos mais acessíveis. A decisão põe fim também a um plano de investimento conjunto da ordem de US$ 5 bilhões.
Anunciada em abril do ano passado com estardalhaço global, a parceria objetivava a produção de “milhões”de veículos das duas marcas, já a partir de 2027, sobre auma esma plataforma dedicada. Agora cada uma das montadoras encaminhará suas próprias estratégias para o segmento.
O fim do acordo enfatiza que, pelo menos por enquanto, nem tudo corre bem nos planos e estratégias da General Motors para se tornar uma fabricante de veículos exclusivamente elétricos até 2035. Na terça-feira, 24, Mary Barra, CEO da GM, afirmara que a montadora estava revendo seu plano para veículos elétricos mais baratos.
Enfrentando greve nos Estados Unidos, a empresa exibiu no balanço do terceiro trimestre recuo de 17% no Ebit, lucro antes de juros e impostos, para US$ 3,56 bilhões, diante do resultado de igual período do ano passado. A empresa ja admite que dificilmente terá lucro em 2023.
“Após extensos estudos e análises, chegamos a uma decisão mútua de descontinuar o programa. Cada empresa continua comprometida com a acessibilidade no mercado de VE”, afirmaram as montadoras em comunicado conjunto, que, entretanto, asseguraram a continuidade de alguns projetos já em andamento.
Quando do anúncio da parceria, GM e Honda admitiram a utilização de uma nova arquitetura global para os elétricos mais baratos, assim como baterias Ultium. Faziam parte do futuro portfólio, por exemplo, SUVs compactos. O acordo também previa uniformização de componentes e processos.
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