Empresa

Corte na GM atinge 1.245 trabalhadores de três fábricas

Greve chega ao nono dia e montadora segue "intransigente", segundo os sindicatos

O Sindmetal, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, revelou nesta terça-feira 31, o número exato de demissões praticados pela General Motors nas fábricas paulistas. São 1.245 cortes, dos quais 840 em São José dos Campos, 300 em São Caetano do Sul e 105 em Mogi das Cruzes.

Por causa dessa dispensa em massa, feita por meio de telegramas e e-emails, os trabalhadores das três fábricas entraram hoje no nono dia de greve. Já houve reuniões de conciliação na capital paulista e também no interior, mas a montadora segue intransigente, sem rever qualquer das demissões.

De acordo com o Sindmetal, a ação da GM é ilegal: “Existe uma decisão do Supremo Tribunal Federal determinando que, antes de realizar desligamento coletivo, qualquer empresa deve abrir negociação com o sindicato da categoria, o que nunca ocorreu com os sindicatos dos metalúrgicos de São José, São Caetano e Mogi”.

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Em São José dos Campos e Mogi das Cruzes, há outro agravante. A GM tem acordos de layoff vigentes com os sindicatos, que garantem emprego para todos, estando ou não em layoff. No primeiro caso, o acerto foi firmado em 28 de junho de 2023.

A quinta cláusula do documento prevê garantia de emprego para todos, estando ou não em layoff, “enquanto houver empregados com contrato suspenso”. Essa estabilidade no emprego é válida até maio de 2024, prazo máximo de vigência do layoff, que ainda está em andamento em São José dos Campos.

“A GM rasgou o contrato assinado com o sindicato”, afirma o vice-presidente do Sindmetal, Valmir Mariano. “A principal condição para que os trabalhadores aprovassem o layoff proposto no meio do ano era a estabilidade no emprego para todos. Por isso, mesmo os trabalhadores que não foram demitidos estão unidos nessa luta pelo cancelamento dos cortes. É uma luta de todos os trabalhadores, de toda a sociedade, e não vamos desistir”.


Foto: Divulgação/Sindmetal

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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