Sobre a invasão dos chineses, presidente da Anfavea diz que ela ocorre com lógica de investimento: "Não nos preocupa".
Apesar do crescimento de 10,2% nas vendas internas em outubro com relação a setembro, a produção de veículos teve queda de 4,4% no mesmo comparativo, baixando de 208,9 mil para 199,8 mil unidades.
Pela primeira vez no acumulado do ano também é negativo o desempenho do setor nessa área. A produção atingiu 1.950.585 nos dez primeiros meses do ano, ante total de 1.962.406 em idêntico período de 2022. Um recuo pequeno, de 0,6%, mas que pode sinalizar dificuldades de o setor registrar crescimento de 2,2% na produção, conforme projeções divulgadas pela Anfavea em setembro.
A entidade ainda mantém essa meta, mas seu presidente, Márcio de Lima Leite, deixa claro que o aumento das importações tem sido o principal fator da desaceleração das linhas de montagens brasileiras:
“Poderíamos dizer que houve redução de estoques, mas isso não ocorreu. É bem claro que a produção não se beneficiou do aumento das vendas no mercado interno por causa da maior demanda por produtos importados”.
No acumulado do ano, a venda de importados chega a 271,3 mil unidades, volume 27% superior ao do mesmo período do ano passado (213,7 mil). A comercialização de modelos nacionais teve expansão de apenas 7,2%, de 1,47 milhão para 1,58 milhão de unidades. Com isso, a participação de veículos vindos de fora saltou de 12,2% para 15,7% em um ano.
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No caso dos chineses, a Anfavea informa que o volume de vendas passou de apenas 6,6 mil unidades nos primeiros dez meses do ano passado para 26 mil este ano. Ou seja, quase 300% de crescimento.
Apesar dessa expressiva evolução, Lima Leite lembra que as chinesas BYD e GWM, que estão com vendas de importados em alta no mercado brasileiro, anunciaram aportes de peso no País:
“São produtos que estão entrando com lógica de investimento. É uma preparação para produzirem no Brasil e nesse sentido é válido importar mais num primeiro momento. Neste aspecto, não nos preocupa”, comentou o executivo, deixando claro ser importante que as operações venham a ser “verdadeiras”, ou seja, envolvendo compra de componentes locais.
Foto: Divulgação/Anfavea
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