Como diz um antigo ditado popular, de grão em grão a galinha enche o papo. E é assim, passo a passo mas de forma consistente, que os carros eletrificados vêm ganhando espaço no mercado brasileiro.

Há menos de dois anos, em janeiro de 2022, as vendas somadas de elétricos e híbridos limitavam-se a 2,2% do mercado, com fatias de, respectivamente, 0,3 e 1,9%. No mês passado, o market share total dos eletrificados mais do que dobrou, chegando a 4,6%, com índices, pela mesma ordem, de 1,1% e 3,5%.

Foram emplacados 9,6 mil carros eletrificados em outubro, alta de 13% sobre setembro e de 114% em relação ao mesmo mês de 2022. Desse total, 2,4 mil são 100% elétricos e 7,2 mil híbridos. No acumulado do ano, as vendas atingiram 67,2 mil unidades – 10,1 mil e 57 mil unidades respectivamente -, o que representou crescimento de 36,1% sobre as 49,2 mil do mesmo período do ano passado.

Sem produção local, os 100% elétricos caminham mais lentamente como mostram os números divulgados na quarta-feira, 8, pela Anfavea. O segmento, contudo, ganhou força a partir de meados deste ano quando algumas marcas, incluindo as chinesas, anunciaram modelos do gênero na faixa de R$ 150 mil caso, caso do BYD Dolphin e GWM Ora 03.

Tais lançamentos geraram uma verdadeira guerra de preços no mercado brasileiro, com marcas que já estão aqui há mais tempo lançando promoções e até mesmo reduzindo preços de tabelas. Tal movimento, inclusive, contribui para o aumento da fatia dos importados no mercado total.

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A alta dos 100% elétricos não pode ser ignorada mas certo é que o Brasil, até mesmo pelas suas características geográficas, tende a dar preferência aos híbridos, em especial os flex, aqueles que têm garantido o abastecimento em todo o terrritório nacional.

Apesar de também estar em alta o número de eletropostos no País, ainda não é possível rodar por todas as estradas sem ter o estresse de ficar sem carga na bateria.

Duas montadoras, a Toyota e Caoa Chery, já oferecem modelos híbridos, sendo que a marca japonesa estuda o lançamento do um híbrido plug-in, cuja oferta atualmente ainda se limita aos importados. Stellantis e Renault já confirmaram investimentos em modelos híbridos, incluindo plug-in, com alguns modelos devendo chegar ao mercado já no próximo ano.


 

Alzira Rodrigues
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