A operação de montagens de baterias da BorgWarner na fábrica de Piracicaba (SP), iniciada no começo do ano, ganhou mais uma missão estratégica. A unidade começará em 2024 a abastecer plantas industriais da companhia nos Estados Unidos com Sistema de Gerenciamento de Bateria (BMS), dispositivo responsável pela inteligência da bateria.

Com o acréscimo de tarefas, as atividades na fábrica piracicabana deverá ganhar ritmo de produção do componente três vezes maior. A projeção é de encerrar o ano que vem já com uma segunda linha de montagem de BMS.

Marcelo Rezende, diretor para Sistemas de Baterias da BorgWarner no Brasil, prefere não revelar o volume a que chegará a produção de BMS ao consolidar as exportações na programação da unidade. Mas ao menos para a necessidade de local, alguma projeção pode ser ponderada.

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A Mercedes-Benz, uma das principais clientes dos sistemas de bateria, recentemente anunciou as primeiras entregas de 50 unidades e projeção de outras 500 até 2025. “Apenas isso já é dez vezes maior do fornecido até agora”, observa Rezende.

O projeto de exportações, no entanto, é alinhado com as expectativas já em pauta da empresa, desde a decisão de produzir sistemas de baterias no País. “O aumento da demanda impulsiona metas de maior localização de componentes e aumento do número de funcionários”, conta Rezende.

O executivo calcula ao menos já 10 fornecedores desenvolvidos para a montagem de BMS. “São parceiros em placas estampadas, conectores, cabos, borrachas, vedações. O processo de localização é contínuo. Não só para o BMS, mas também para as baterias. Questão de competitividade.”

Segundo Resende, o aumento de responsabilidade em Piracicaba prepara a fábrica para se tornar centro competência global da empresa para produção de baterias. “É um passo importante. Mostra que fomos mais eficientes no desenvolvimento da operação, que começou há menos de um ano. Daqui para frente, a experiência do Brasil contribuirá com as demais operações da BorgWarner.”


Fotos: BorgWarner/Divulgação

Décio Costa
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