Versões de sete lugares ainda não têm preços divulgados
A Citroën lançou nesta quarta-feira, 29, o C3 Aircross, SUV compacto produzido em Porto Real, RJ. O novo modelo nacional, primeiro do segmento a dispor de configuração para sete ocupantes, já era conhecido na quase totalidade. Há meses a marca vinha divulgando, em “pílulas”, suas principais características técnicas e itens de conforto e segurança.
De substancial mesmo para o consumidor, faltava a marca informar os preços sugeridos. E eles partem de R$ 109.990,00 (vendas online) e chegam a R$ 129.990,00, sempre na configuração de cinco lugares.
Mas os valores que serão cobrados pela variações de sete lugares, naturalmente alvo das maiores curiosidades do mercado, serão divulgados posteriormente, afirmou a empresa em nota.
Todas as versões dispõem do já bem conhecido motor 1.0 T200 flex de até 130 cv. Fabricado em Betim, MG, o T200 — referência ao torque de 20,4 Kgfm — está acoplado a uma transmissão automática CVT de sete velocidades, a exemplo do que ocorre nos Fiat Pulse e Fastback e Peugeot 208, outros produtos de marcas da Stellantis que utilizam o mesmo conjunto mecânico.
No total, são cinco opções de acabamento, considerando as de cinco e sete lugares. Dentre outros conteúdos, são oferecidos painel digital customizável de 7 polegadas, multimidia de 10 polegadas, controle de velocidade e ventilador no teto suplementar com ajustes para os ocupantes dos bancos de trás.
Preços das versões de 5 lugares
A missão comercial do SUV não será das mais fáceis. O C3 Aircross brigará na faixa de entrada dos utilitários esportivos, palco de frequentes lançamentos nos últimos dois anos e de redução de preços de alguns modelos neste segundo semestre.
Dentro da própria linha nacional da marca, estará no topo, acima do C4 Cactus, também produzido no sul-fluminense e que, embora a Citroën ainda negue, não deve tardar para sair de linha. Fácil entender: nos dez primeiros meses de 2023, vendeu 3,2 mil unidades e ocupa a modesta 23ª colocação no ranking de SUVs.
Desde seu lançamento, em 2018, o Cactus acumula pouco mais de 70 mil unidades licenciadas, com o recorde anual de 19,5 mil estabelecido em 2021. No ano passado, passou perto disso. Chegou a 18,4 mil, média mensal de 1,5 mil licenciamentos, contra 300 unidades a cada mês de 2023.
Com a chegada do C3 Aircross, naturalmente, restará muito menos interesse da marca e, principalmente, dos consumidores sobre o Cactus, que passou por atualização no primeiro semestre e ainda assim responde por somente 12% dos licenciamentos da Citroën.
A marca tem quase que “vivido” mesmo do C3, lançado há pouco mais de um ano e que representou 21,3 mil dos 25,9 mil automóveis e comerciais leves lienciados até outubro.
Considerando os dois segmentos, a Citroën é a 11ª marca mais negociada no Brasil, com somente 1,5% de participação.
Caberá, portanto, ao novos C3 e C3 Aircross — e ao terceiro e último produto do projeto C-Cubeb a ser apresentado em 2024 — a árdua missão de elevar esse índice para 4%, como projetado por Vanessa Castanho, diretora da Citroën na América do Sul.
Não é impossível, mas difícil. Em 2020, a Citroën detinha somente 0,7% do mercado, quando ainda contava com os antigos C3 e o crossover Aircross. Passou para 1,6% no ano passado e segue no mesmo patamar este ano. Um ritmo de evolução lento para quem almeja bem mais.
Foto: Divulgação
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