Em assembleia nesta sexta-feira, 1, os metalúrgicos da fábrica da GM em São José dos Campos, SP, concordaram com a adoção de um PDV, Programa de Demissão Voluntária, na unidade. A montadora espera a adesão de 830 trabalhadores, inclusive dentre os que estão em licença remunerada.
Os trabalhdores poderão optar pelo PDV de 5 a 12 de dezembro. O programa foi negociado como alternativa às demissões realizadas em outubro e posteriormente canceladas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª. Região e Tribunal Superior do Trabalho.
Dentre vários pontos, o pacote contempla:
• seis salários para os funcionários com que tenham de um a seis anos de registro, adicional de R$ 15 mil e plano médico por três meses ou R$ 6 mil;
• para trabalhadores que tenham sete anos ou mais de fábrica: cinco meses de salário, um carro Onix Hatch LS ou R$ 85 mil e plano médico por seis meses ou R$ 12 mil;
• para cada adesão de trabalhador que esteja ativo na fábrica haverá retorno de outro trabalhador que esteja em licença remunerada.
A GM, que conta com 4 mil funcionários em São José dos Campos para a produção da picape S10 e do utilitário esportivo Trailblazer, também se comprometeu a assegurar estabilidade de emprego até 3 de maio de 2024 para quem não aderir ao programa.
Já os metalúrgicos concordaram com a compensação de metade dos dias parados durante a greve até 30 de junho de 2024, de acordo com a necessidade de produção.
Em outubro, a empresa demitiu 839 funcionários de São José dos Campos, outros 300 em São Caetano do Sul e 105 de Mogi das Cruzes, apesar do acordo de layoff que garantia estabilidade. Os cortes resultaram na deflagração de greve unificada de 17 dias entre os metalúrgicos das três fábricas.
“O PDV já era uma pauta nossa como alternativa às demissões arbitrárias. Mas estaremos atentos a qualquer movimentação da empresa no sentido de realizar novos cortes”, alertou Ranato Almeida, secretário-geral do Sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
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* Texto atualizado às 18h30
Foto: Divulgação/ SMSJC
