Modelo inédito em todo o mundo será exportado para países da América Latina
A Renault está aumentando sua aposta no Brasil. Nesta segunda-feira, 4, dia em que comemora 25 anos da inauguração do Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR, a montadora anunciou novo aporte de R$ 2 bilhões na operação para a produção de um SUV médio.
O valor e novo veículo foram revelados por Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, e Luiz Fernando Pedrucci, CEO na América Latina, em solenidade com o Vice-presidente da República e Ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e complementa ciclo de investimento iniciado em 2021 e que perdurará até 2025.
Segundo Gondo, o novo carro é inédito da marca em todo o mundo, será produzido primeiramente no Brasil e exportado para demais mercados latino-americanos. O executivo, contudo, não precisou uma data para o lançamento do SUV, ainda que os recursos tenham como limite de aplicação em 2025.
“Primeiro vamos pensar no Kardian”, desconversou o presidente da Renault, referindo-se ao recém-apresentado SUV compacto também fabricado no Paraná e que desembarcará nas concessionárias somente em março do ano que vem.
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O novo modelo utilizará a mesma plataforma do Kardian, fruto de outros R$ 2 bilhões investidos a partir de 2022 — recurso que também permitiu o início da produção local do motor 1.0 turbo, que estreará com o próprio Kardian.
A planta paranaense deve receber apenas adaptações pontuais. O aporte complementar, portanto, será quase que integralmente dedicado ao futuro SUV, que pontecialmente brigará no mercado interno com modelos como o Volkswagen Taos, Jeep Compass e Corolla Cross.
Ainda que não declarado pela Renault, o novo modelo utilizará o motor 1.3 turbo espanhol já presente nos atuais Duster e Oroch e que será nacionalizado pela Horse, braço da Renault, conforme anunciado na semana passada. Já está confirmado, porém, que o novo SUV terá uma versão híbrida flex.
“A transição energética é um processo longo no Brasil e com motores híbridos flex. Na Europa, com todo o poder de compra e legislação, começou em 2012 e ainda hoje os motores a combustão respondem por metade das vendas, os híbridos por 35% e os puramente elétricos por 15%”, enfatizou Gondo.
A Renault estima que o mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves deva crescer ligeiramente em 2024, algo como 5%, para 2,25 milhões de unidades.
O investimento anunciado nesta segunda-feira, enfatizou Luiz Fernando Pedrucci presidente para a América Latina, está confirmado integralmente. Um próximo ciclo, contudo, deve ser avaliado pela montadora à luz da continuidade ou não de incentivos regionais ou políticas públicas que promovam vantagens a um ou outro fabricante ou região.
“Mudanças ou não nesse quadro devem impactar nossas decisões. A Renault gosta de competir dentro de regras iguais para todos”, cutucou o executivo.
Foto: AutoIndústria
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