Após um ano de quedas sucessivas, em especial no mercado de caminhões, a Anfavea apresentou na quinta-feira, 7, as primeiras projeções para 2024 com tendência de recuperação nas vendas de veículos pesados. A associação estima emplacamentos de 146 mil caminhões e ônibus que, se realizados, representará um crescimento de 14,1% sobre 2023 e levemente superior aos 143,9 mil licenciamentos de 2022.
De acordo com Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, tendências apontadas por indicadores macroeconômicos levam a crer na retomada dos negócios com mais apetite. “Continuidade do crescimento do PIB, inflação controlada, aumento da confiança do consumidor, melhora na nota de risco do País e, principalmente, queda nas taxas de juros formam uma conjuntura favorável para o segmento.”
Com o mercado interno aquecido, as atividades no chão das fábricas também ganharam força. A expectativa da associação é um de crescimento no ritmo sobre 2023 de 30,1%, para volume em torno de 160 mil pesados. Caso a expansão esperada se concretize, ainda assim não chegará perto do resultado de 2022, quando a produção de caminhões e ônibus somou 193,4 mil unidades.
O presidente da Anfavea lembra que no próximo ano terá um componente extra no impulso na produção de pesado com os contratos do Caminho da Escola, “a maior licitação da história já feita pelo programa, de 16 mil ônibus”.
A projeção de crescimento na produção de caminhão e ônibus só não deve ter sido estimada maior pelas expectativas nas exportações. No caso, a associação enxerga estabilidade nos embarques, sem apontar queda ou aumento, empatando com os 22 mil pesados exportados em 2023.
Foto: Scania/Divulgação
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