A menos que algo muito improvável aconteça, como uma greve na fábrica ou a Volkswagen deixar de faturar veículos por 15 dias em dezembro, a Jeep perderá a liderança do segmento de SUVs no Brasil. Será a primeira vez desde 2016, primeiro ano completo de produção local da marca norte-americana.
Encerrados os onze primeros meses de 2023, a Volkswagen é a líder! Superou 125,3 mil utilitários esportivos vendidos, participação de 17,9%. A Jeep, agora a segunda colocada, somou 118,4 mil licenciamentos, 17%, contra 77,7 mil unidades da Fiat (11,1%), coirmã na Stellantis.
Para perder essa vantagem de quase um ponto porcentual ou 6,9 mil veículos a montadora alemã teria que “colaborar muito” com a adversária nas próximas três semanas. Bota difícil nisso.
Não foi o caso, por exemplo, em novembro. Enquanto a Jeep negociou 11,7 mil unidades do Renegade, Compass e Commander, a VW colocou nas ruas 12,8 mil unidades do trio composto por T-Cross, Nivus e Taos, além de um residual do mexicano Tiguan.
A margem em favor da VW, na verdade, só tem aumentado nos últimos meses. A Jeep pontuou o segmento no primeiro semestre, mas foi ultrapassada no acumulado até julho ainda que por meras cinco centenas de unidades e que foram multiplicadas por dez desde então.
T-Cross, o mais vendido pela segunda vez
Além de já ter colocado quase “as duas mãos na taça” dos SUVs pela primeira vez, a Volkswagen tem mais um motivo para encerrar as atividades de 2023 em festa — novamente, caso não enfrente o improvável tsunami comercial.
Com mais de 64,6 mil licenciamentos registrados de janeiro a novembro, o T-Cross será o SUV mais vendido do Brasil no ano.
O modelo compacto alcançou o topo do segmento em 2020, mas ainda em meio à turbulência de mercado gerada pela pandemia. Desta vez, sem desarranjos da cadeia produtiva ou das vendas, já acumula 4,8 mil emplacamentos a mais do que o Chevrolet Tracker.
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Foto: Divulgação
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