Também será recorde a participação dos importados. Só a demanda por modelos chineses cresceu 347% no ano.
Ante média de 10,6 mil unidades/dia vendidas no mês passado, dezembro está surpreendendo positivamente, com 65 mil emplacamentos em apenas quatro dias úteis, média próxima de 15 mil nesta primeira semana.
A previsão da Anfavea é que as vendas deste último mês sejam recordes no ano, atingindo 230 mil unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O maior volume até agora foi o de julho, quando pacote do governo garantiu descontos nos modelos até R$ 120 mil, que contribuiu para os 226 mil licenciamentos no mês.
No ano serão 2,29 milhões de emplacamentos, alta de 8,8% sobre 2022, acima dos 6% projetados pela entidade. O problema maior da indústria, no momento, é a participação crescente dos importados e as exportações em queda, o que provocará pequeno recuo de 0,5% na produção deste ano.
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Também será recorde, pelas previsões da Anfavea, a participação dos modelos importados nas vendas totais de veículos leves. O índice, que era de 13,7% há um ano, deve chegar a 18% agora em setembro.
No acumulado de janeiro a novembro, a venda de importados chegou a 307 mil unidades, crescimento de 26% sobre o mesmo período do ano passado (243,7 mil). Desse total, 10% – ou 32.180 veículos – são modelos vindos da China, principalmente os eletrificados.
Nos primeiros 11 meses de 2022 os modelos chineses respondiam por apenas 3% das importações brasileiras, o equivalente a 7.202 licenciamentos. Ou seja, uma alta de 347% no comparativo interanual, conforme dados divulgados pela Anfavea. As chinesas BYD e GWM, que prometem iniciar produção no Brasil no ano que vem, são as marcas importadas que mais cresceram este ano.
Enquanto a fatia dos chineses evoluiu, a dos carros argentino caiu de 73% para 64% no total de importados comercializados internamente. Em volume, contudo, houve de 10%, de 177,4 mil para 196 mil unidades
As demais origens dos produtos importados são México, Alemanha, Uruguai e Estados Unidos. No caso do México, a participação passou de 6% para 9%, com 26,8 mil emplacamentos este ano.
Foto: Divulgação/GWM
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