A poucos dias para o fim do ano, a Anfavea estima produção de caminhões em torno de 102 mil unidades que, se assim for, representará queda de 37% na comparação com o volume registrado no ano passado, de 162 mil.
Pelos números consolidados até novembro, a indústria de caminhão produziu 92,2 mil unidades, volume 37,4% inferior ao anotado no mesmo período do ano passado, quando das linhas de montagem já tinham saído 147,3 mil unidades.
O ritmo dos últimos meses mostra patamar de 10 mil unidades e não foi diferente no mês passado, com recuos de 4,3% em relação a outubro (10,4 mil) e de 33,7% no confronto com novembro de 2022 (15,1 mil).
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Segundo avaliação da Anfavea, a baixa nas atividades do chão de fábrica é consequência do impacto na mudança de fase da legislação ambiental do Proconve, equivalente a Euro 6, como também da queda nas exportações.
“Com o aumento de custo dos novos produtos, o transportador antecipou compras do caminhão do Euro 5”, lembrou Eduardo Freitas, vice-presidente da Anfavea, durante apresentação do balanço do setor na quinta-feira, 7.
Mas além da corrida pelo estoque do caminhão da fase anterior, as altas taxas de juros para os financiamentos e crédito mais restritivo afastou o transportador do balcão de compras.
Por fim, a demanda externa por caminhões recuou 32,3% no acumulado até novembro ao anotar 15,8 mil unidades embarcadas ante 23,4 mil exportadas há um ano.
Foto: Mercedes-Benz/Divulgação
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