Começa a preocupar a demora na publicação da 2ª fase do programa: "Precisamos de previsibilidade para investir".
Prometida inicialmente para meados deste ano, julho ou agosto no máximo, até hoje não foi divulgada a 2ª fase do Rota 2030, programa automotivo que em sua nova etapa ganhará a denominação Mover, referente à Mobilidade Verde.
Neste semana, durante evento da Renault, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Ualace Moreira, prometeu tal divulgação para a próxima quarta-feira, 13.
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Só que já foram tantos adiamentos que, faltando poucos dias para o ano acabar, a incerteza quando à referida publicação começa a preocupar.
“Tem de sair este mês, não podemos mais esperar. Não temos plano B”, disse suscintamente o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, lembrando que o setor investiu R$ 70 bilhões de 2018 a 2023 e a continuidade dos aportes depende de previsibilidade.
Como a primeira fase do Rota 2030 acaba exatamente este mês, o setor automotivo não terá um marco regulatório para definir novos investimentos.
“Entre vários itens, precisamos ter diefinidas as novas metas de eficiência energética e de aportes em pesquisa e desenvolvimento. Precisamos que as definições estejam no papel para poder convencer matrizes e acionistas sobre os novos rumos a serem tomados no Brasil. A gente concorre com outros países dentro de um mesmo grupo e poderemos ter problemas se não for aprovada ainda este ano a 2ª fase do Rota 2030”, destacou Lima Leite.
Em sua primeira fase, o programa automotivo foi de extrema importância em ganhos de eficiência energética e segurança veicular. Segundo o títular do MDIC, Geraldo Alckmin, a previsão é de haver incentivos para gerar R$ 3 bilhões de investimentos em P&D.
Para o presidente da Anfavea, o atraso na divulgação pode ser considerado normal visto que houve mudança de governo e o atual precisava se inteirar do programa ao longo do ano. So que agora não dá mais para esperar.
“Quando não temos previsivilidade, a orientação da matriz é aguardar. Daí podemos perder investimentos para outros países”, conclui o presidente da Anfavea.
Foto: Divulgação/Anfavea
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