Em contraponto à ação até então inédita da GM, Toyota e VW, que no dia 7 de novembro publicaram anúncio conjunto contra a prorrogação para 2032 do prazo de incentivos fiscais para montadoras do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, desta vez foi a Stellantis, Caoa e HPE que se uniram para manifestar posição favorável à manutenção desses benefícios.
Em carta aberta publicada nesta quinta-feira, 7, nos principais jornais do País, as três empresas defendem as isenções fiscais nas regiões de olho na votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, que deve ocorrer nos próximo dias, quase que certamente ainda este ano.
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Vale lembrar que a Stellantis possui fábrica em Goiana, PE, onde produs modelos da Jeep, Fiat e Ram, a HPE tem operações em Goiás, onde faz modelos Mitsubishi, mesmo estado onde está a Caoa, com as marcas Chery e Hyundai.
No texto, as três empresas dizem ainda que o processo de desenvolvimento proporcionado pelo regime automotivo não deve ser interrompido até que atinja a sua maturidade: “Estamos traçando a rota que o país seguirá rumo ao crescimento econômico e bem-estar social. É a oportunidade de lançar as bases de um Brasil no qual todas as regiões são produtivas e geram desenvolvimento”.
Sobre a carta aberta da Stellantis, HPE e Caoa, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que a entidade não se envolve em questões de benefícios regionais por ser tema que contempla custos das montadoras.
“Custo não é pauta da Anfavea”, comentou o executivo. “Mas posso dizer que considero legítimas as manifestações das empresas. Primeiro foram a GM, VW e Toyota e agora a Stellantis, HPE e Caoa. Desde que se mantenha a elegância, é importante haver posicionamentos”.
A prorrogação do prazo dos incentivos de 2025 para 2032 foi barrada na Câmara dos Deputados, mas retornou ao texto após ser aprovada no Senado Federal.
A princípio, quando o texto ainda estava na Câmara, chegou a ser aventada a hipótese de haver benefícios apenas para modelos eletrificados, o que favoreceria a BYD que está investindo em Camaçari, BA. Mas no final foram incluídos também os modelos flex, o que provocou a reação contrária da GM, Toyota e VW, que atuam no Sul e Sudeste do Brasil, e a consequente recusa dos deputados.
Foto: Divulgação/Jeep
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