Os importadores ligados à Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, não têm do que reclamar de 2023, pelo menos quando se refere à recuperação das vendas dos modelos vindos de fora.
Ainda que a base de comparação seja para lá de fraca — em 2022 foi registrado o pior resultado em 15 anos, apenas 18,2 mil unidades —, o setor comemorou crescimento de 127,7% nos licenciamentos dos importados, para 41 mil unidades.
Só no mês passado foram eplacadaos 5,5 mil importados, 282% a mais do que em igual mês do ano anterior.
João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa, credita boa parte desse crescimento de dezembro à reação dos consumidores que buscaram antecipar compras de veículos híbridos e elétricos, que tiveram as alíquotas de imposto de importação majoradas a partir deste mês.
Entretanto, assim como outros importadores, algumas empresas associadas à entidade não estão repassando ou repassando apenas parcialmente a incidência das novas alíquotas do imposto sobre veículos que estavam em estoque na virada do ano.
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Desde o primeiro dia de janeiro, carros elétricos movidos exclusivamente a bateria passaram a recolher 10% de imposto de importação, enquanto os híbridos plug-in 12% e os híbridos 15%. A partir de julho, esses índices serão novamente elevados para, respectivamente, 18%, 20% e 25%.
Já em meados de 2025, também em julho, o governo exigirá o recolhimento de 25% sobre os automóveis e comerciais leves integralmente elétricos, 28% no caso dos híbridos plug-in e 30% sobre os híbridos. Exatamente um ano depois os produtos dotados de qualquer uma das três tecnologias passarão a pagar 35%, a tarifa máxima.
Foto: Divulgação
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