Apesar de a General Motors não ter informado o número de adesões ao PDV, Programa de Demissão Voluntária, que abriu no mês passado, os dados divulgados nesta quarta-feira, 10, pela Anfavea deixam claro as perdas sofridas no setor neste final de ano.
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Considerando todas as montadoras, o quadro de efetivo foi reduzido de 101,2 mil para 98,9 mil trabalhadores entre novembro e dezembro, com o consequente fechamento de 2,3 mil postos de trabalho.
Com relação ao quadro de 102,1 mil funcionários em janeiro de 2023, a perda no ano chegou a 3,2 mil postos, recuo de 3,2%. A produção de veículos, considerando leves e pesados, teve queda menor, de apenas 0,9%.
Ao divulgar os números, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, admitiu que o número reflete a abertura de PDV por uma das associadas da entidade. A medida atingiu as três fábricas paulistas da montadora, as de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes.
Importante lembrar que o PDV só foi adotado pela GM após deflagração de greve nas três fábricas decorrente da decisão da empresa, anunciada no dia 21 de outubro, de demitir funcionários por telegrama e-mails em pleno final de semana.
Os sindicatos de metalúrgicos das três cidades contestaram as dispensas e a Justiça determinou a reintegração dos demitidos. Ao final, as entidades dos trabalhadores com respaldo em assembleias nas respectivas fábricas concordaram em aceitar a abertura do PDV.
Importante lembrar que a GM tem andado na contramão do setor quando o assunto é eletrificação. Enquanto as principais marcas concorrentes, incluindo Toyota, Volkswagen e Stellantis, anunciam investimentos que contemplam os híbridos a etanol numa primeira fase e os puramente elétricos na sequência, a GM insiste em partir direto para os 100% elétricos.
Foto: Divulgação/GM
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