As importações em alta e as exportações em queda impediram um melhor desempenho da indústria automotiva brasileira em 2023. A produção de veículos leves cresceu apenas 1,3% sobre o ano anterior, atingindo 2.204.000 unidades.

Na somatória de leves e pesados, a produção totalizou 2.325.000 veículos, o que representou leve recuo 0,9% em relação a 2022, quando saíram das linhas de montagem perto de 2,37 milhão de unidades.

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A queda de 37,5% no segmento de caminhões e ônibus foi decisiva para o resultado negativo de 2023 no quesito produção. O mercado interno de leves no período cresceu 11,2%, para 2.180.000 unidades. Considerando os pesados, que venderam menos no ano passado, o mercado interno absorveu 2.309.0000 veículos, 9,7% a mais que em 2022.

No caso dos automóveis e comerciais leves, a venda de modelos nacional teve alta de 8,4% – de 1,69 milhão para 1,84 milhão -, enquanto a de importados saltou 28,7%, de 273,5 mil para 352 mil unidades. Na contramão desse movimento, as exportações caíram 15,2%, de 480,9 mi para 403,9 mil também no comparativo interanual.

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, comentou que o aumento das importações é natural em períodos de transição para novas tecnologias. “A demanda por eletrificados está em alta e a grande maioria dos produtos do segmento ainda é importada”, lembrou o executivo.

As compras de veículos chineses cresceram expressivos 431%, de 7,9 mil unidades em 2022 para 42 mil em 2023. As importações da Argentina tiveram alta de apenas 11%, passando de 198,4 mil para 219,9 mil unidades.

Em dezembro, por causa das férias coletivas de final de ano, a produção total limitou-se a 171,6 mil leves e pesados, decréscimo de 15,3% sobre novembro. Em relação ao mesmo mês de 2022, a queda foi de apenas 1,9%, confirmando ser tradiconal o menor volume de produção no último mês do ano.


Foto: Divulgação/Nissan

Alzira Rodrigues
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