Diante da predominância das cores acromáticas, montadoras da América do Sul investem em pigmentações
A Basf acaba de divulgar o seu relatório de Cores 2023, que mostra as escolhas de consumo durante o ano e as tendências automotivas no segmento em todas as regiões do mundo.
Na América do Sul, a maior parte dos consumidores ainda opta pelas cores acromáticas, ou seja, o branco, o preto, o prata e os diferentes tons de cinza.
Segundo a fabricante de tintas, é uma região “historicamente conservadora em relação às cores: 86% dos veículos leves produzidos na América do Sul saíram nas cores brancas, pretas, prateadas ou cinzas, sendo essa a maior proporção entre todas as regiões”.
Diante dessa preferência massiva, está havendo uma “mudança” das cores acromáticas. As montadoras brasileiras e dos demais países sulamericanos estão optando por pigmentos de efeito para fazer com que as cores acromáticas se destaquem. Iniciado no ano passado, esse movimento deve ganhar ainda mais força em 2024.
“As cores não são mais apenas cores. São experiências”, comenta Marcos Fernandes, diretor de Tintas Automotivas na América do Sul. “Seja uma pérola, um floco de metal ou outro pigmento, os efeitos fazem com que a cor salte do veículo para os olhos de quem vê. Isso dá um toque especial que está se tornando cada vez mais popular”.
As cores acromáticas, mundialmente, sempre foram a base da cor automotiva. A diferença é que o branco, apesar de ainda ser a cor mais popular, vem perdendo participação de mercado para o preto.
Há variações por regiões, com algumas preferindo tons claros de prata em vez de cinzas mais escuros. permaneceram relativamente estáveis. No caso dos tons azuis, vermelho, marrom e bege, a participação tem permanecido inalterada.
Ainda com relação às cores acromáticas, a Basf revela aumento de dois pontos porcentuais de participação na Europa, no Oriente Médio e na África. Os consumidores mudaram das claras, branco e prata, para as mais escuras, preto e cinza.
Carros de luxo, segundo o relatório, têm mais pigmentos de efeitos do que carros populares e médios, mostrando a profundidade e a criatividade das cores.
Países europeus
Na Europa, a Alemanha adora azul (11%), a Espanha e o Reino Unido preferem vermelho e laranja (9%), enquanto a França escolhe o verde (6%) e a Itália demonstra seu gosto por todas as cores, com a participação das cores cromáticas sendo a maior entre todos os cinco países (30%).
“Embora as cores acromáticas ainda sejam as mais populares, cada país parece ter seu lugar favorito no reino cromático”, diz Mark Gutjahr, diretor global de design de cores automotivas da Basf. “A distribuição de cores diferentes pode ser vista em cada um dos principais países da Europa, do Oriente Médio, da África e em geral. Nossos clientes, as montadoras, deixaram muito espaço para a individualidade e a criatividade nas concessionárias, e os compradores de automóveis estão tirando proveito disso”.
Estados Unidos
Também na América do Norte houve ganho de participação de carros vermelhos, mas por lá o azul ainda lidera entre as cores cromáticas.
“Estamos vivenciando a mesma mudança que está acontecendo em outras regiões”, afirma Elizabeth M. Hoffmann, responsável pelo design de cores para a América do Norte. “A antiga paleta de cores habitual já não se aplica. Os tons mais claros estão ficando mais populares, enquanto o prata ganha espaço do cinza. Cada vez mais escolhas têm pigmentos de efeito que lhes conferem mais intensidade e entusiasmo”.
Na região Ásia-Pacífico, as cores naturais aumentaram, especialmente o verde, e as claras se tornaram mais populares, principalmente cinza claro e prata.
Parte do motivo pelo qual a Ásia-Pacífico é mais diversificada em termos de cores é a grande variação de tipos de veículo. Cores mais diversas podem ser vistas nos carros elétricos, especialmente com mais influência do verde e do roxo.
“À medida que chegam às estradas veículos mais diversos, é natural surgirem também uma paleta de cores mais diversificada”, afirma Chiharu Matsuhara, diretora de design de cores automotivas para a região Ásia-Pacífico. “Os novos fabricantes que produzem veículos na Ásia procuram algo além da habitual paleta de cores. Querem algo ousado, algo criativo e que se destaque nos novos designs, afinal, os jovens preferem essas cores.”
Foto: Divulgação/Basf
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