O governo federal anunciou na segunda-feira, 22, a Nova Indústria Brasil (NIB), política para impulsionar a indústria nacional, na qual estão previstos R$ 300 bilhões em financiamentos para até 2026.
Embora o setor automotivo conte com o Mover, plano específico apresentado no fim do ano passado, as novas diretrizes também impactam de alguma maneira a indústria de veículos.
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Do total previsto, R$ 106 milhões já tinham sido anunciados em julho do ano passado, na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), colegiado responsável pela construção do plano ao longo do último ano.
Os recursos serão geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O plano contempla linhas específicas, não reembolsáveis ou reembolsáveis, e recursos por meio de mercado de capitais.
O plano contempla eixos que buscam aumentar produtividade com aquisição de máquinas e equipamentos, impulsionar inovação com projetos de pesquisa e digitalização; incentivar as exportações de produtos manufaturados e ser mais sustentável. Algumas ações já foram iniciadas, como os R$ 60 bilhões para o Programa Mais Inovação, via BNDES e Finep.
O plano define seis missões prioritárias com metas a serem alcançadas até 2033. São elas:
- Cadeias agroindustriais: mecanizar 70% dos estabelecimentos de agricultura familiar – atualmente são apenas 18%; 95% dessas máquinas devem ser produzidas no País, com prioridade por equipamentos de precisão;
- Saúde: ampliar a participação da produção no País de 42% para 70% das necessidades em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos;
- Bem-estar das cidades: envolve infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade. Além de contribuir para reduzir em 20% o tempo de deslocamento das pessoas de casa para o trabalho, aumentar em 25 pontos porcentuais a participação da produção brasileira na cadeia do transporte público sustentável, hoje em 59% para ônibus elétricos;
- Transformação digital: digitalizar 90% das empresas industriais brasileiras – hoje são 23,5%; triplicar a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias, com o desenvolvimento de produtos digitais e na produção nacional de semicondutores;
- Descarbonização: ampliar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes, atualmente os combustíveis verdes representam 21,4% dessa matriz. reduzir em 30% a emissão de carbono da indústria nacional;
- Defesa: alcançar autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas de maneira a fortalecer a soberania nacional. Será dada prioridade para ações voltadas ao desenvolvimento de energia nuclear, sistemas de comunicação e sensoriamento, sistemas de propulsão e veículos autônomos e remotamente controlados.
O texto integral do plano Nova Indústria Brasil, aqui.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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