Após um 2023 morno, com a produção brasileira de veículos leves crescendo apenas 1,3%, as principais montadoras de automóveis e comerciais leves comemoram a divulgação do Mover no apagar das luzes do ano recém-encerrado e iniciam 2024 com promessa de novos e relevantes projetos no País.
A leva de novidades será iniciada nesta quarta-feira, 24, quando Shilpan Amin, presidente da General Motors International (foto acima), Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul, e Fábio Rua, vice-presidente na região, farão um “importante anúncio” durante evento marcado para as 14h em Brasília.
No início da noite desta terça-feira, 23, a presidência da República confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá Amin, da General Motors, às 11h no Palácio do Planalto, o que reforça a expectativa de anúncio de investimento no País.
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Das três maiores fabricantes do Brasil, a General Motors é a que está fazendo maior mistério sobre a razão da vinda do seu dirigente mundial ao País.
Os presidentes da Volkswagen e Stellantis, em contrapartida, já confirmaram eventos em fevereiro para revelar novos programas de investimento nas operações locais.
Com fábricas em São Paulo e Rio Grande do Sul, a GM abriu PDV, programa de demissão voluntára, nas plantas paulistas no final do ano passado e é a única, entre as grandes, que vem descartando a produção local de modelos híbridos a etanol, dizendo que a aposta global da Chevrolet é passar direto do motor a combustão para o 100% elétrico.
Até por conta desse posicionamento é grande a expectativa sobre o que efetivamente será revelado pela General Motors esta semana.
Concorrentes em ação
As suas duas principais concorrentes já confirmaram faz tempo projetos para a produção local de híbridos, sendo que no caso da Stellantis o primeiro modelo do gênero será lançado ainda neste ano, provavelmente da marca Jeep.
Em dezembro, durante evento de fim de ano, o presidente da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom (foto abaixo), adiantou que “em breve” a empresa faria anúncio de um novo ciclo de investimento no País.
Ele nada quis adiantar sobre data de lançamento do primeiro híbrido da marca, mas deixou claro na ocasião que a montadora encaminha projetos de longo prazo ao citar acordos válidos até 2028 que tinha acabado de fechar com os sindicatos de metalúrgicos nas localidades onde tem fábricas.
Nesta semana, conforme Possobom havia prometido, a marca alemã informou que o anúncio de novos investimentos no Brasil acontecerá na próxima semana, dia 1º de fevereiro.
E entre os dias 20 e 22 do mês que vem será a vez de a Stellantis, que reúne marcas como Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram, reunir a imprensa para revelar seus novos projetos locais.
O novo presidente da companhia para a América do Sul, Emanuele Cappellano, fez essa promessa em evento realizado semana passada em Campinas, quando a Stellantis revelou a compra de 70% da DPachoal, ampliando participação no aftermarket e na distribuição de autopeças com operação multimarca.
“Vocês não vão se decepcionar”, garantiu o executivo ao ser questionado sobre o teor do anúncio prometido para fevereiro.
A divulgação no final de 2023 da MP que criou o Mover, nova fase do programa automotivo Rota 2030, certamente favoreceu os projetos que vinham sendo pensados pelas montadoras.
A falta de previsibilidade, como sempre comentam os executivos do setor, dificulta as negociações com as matrizes e coloca em risco os investimentos necessários para garantir o desenvolvimento de novos modelos e novas tecnologias, com ganhos locais de competitividade.
Nesse contexto, também de grande importância a divulgação na segunda-feira, 22, do programa Nova Indústria Brasil (NIB), por meio do qual o governo federal vai libear R$ 300 bilhões em financiamentos para a indústria que produz localmente até 2026. A Anfavea divulgou hoje, terça-feira, 22, nota de apoio ao NIB.
Foto: Divulgação/GM
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