O Grupo Renault decidiu cancelar o IPO da Ampere, novato braço da empresa dedicado a veículos elétricos e softwares. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira, 29, por meio de nota oficial.

No comunicado, a montadora justificou o cancelamento por considerar “que as atuais condições do mercado acionário não estão reunidas para prosseguir de forma otimizada o processo de IPO no melhor interesse do Grupo Renault, dos seus acionistas e da Ampere”.

A Renault se comprometeu a continuar financiando a Ampere até que ela atinja o ponto de equilíbrio em 2025, quando se espera que a divisão alcance receitas de € 10 bilhões — e mais que o dobro disso no começo da próxima década.

Luca de Meo, CEO do conglomerado do francês, disse que o cancelamento não alterará a estratégia de veículos elétricos e software do grupo, mesmo do ponto de vista financeiro.

A Ampere, cujo IPO deveria ser realizado até metade deste ano, começou a operar separadamente em novembro e reúne cerca de 11 mil funcionários no desenvolvimento e produção de veículos elétricos. Já em 2024 deve faturar cerca de € 2,8 bilhões. Em 2023, produziu 45 mil elétricos e projeta até 300 mil em 2025.

A Renault entende que Ampere pode ser lucrativa antes até do que as principais concorrentes, já que tem agilidade de uma startup mesclada com a exiepriência de uma grande e tradicional montadora de veículos com escala elevada. A ideia é reduzir também os custos de produção em 40% já na próxima geração de seus atuais elétricos.

Até 2031, projeta a empresa, serão lançados sete veículos elétricos, dentre eles um modelo de entrada de € 20 mil, o Renault Twingo do futuro. A empresa também montará modelos para outras marcas do grupo, como a Dacia, além de alternativas para a parceira global Nissan.

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