O balanço de 2023 ainda não foi fechado, mas a pesquisa conjuntural do Sindipeças até novembro mostra que 2023 fechou com redução da participação das montadoras nos negócios do setor, com ganhos das exportações e, principalmente, do mercado de reposição.
No acumulado dos 11 meses, o faturamento junto às montadoras recuraram 7% e a fatia das transações OEM caiu de 71,4% em novembro de 2022 para 67,2% um ano depois. Em contrapartida, a participação do aftermarkt saltou de 13,5% para 17,4% e a das vendas externas de 11,2% para 12%.
LEIA MAIS
→Autopeças brasileiras diversificam negócios externos
O problema maior no ano passado foi a queda de 37% na produção de caminhões em decorrência da mudança da legislação Euro 5 para Euro 6 na virada de 2022 para 2023. Os preços ficaram mais caros em até 25% e o mercado segurou compras por um bom período.
A produção de veículos leves teve leve alta de 1,3% e, com isso, não gerou perdas para as autopeças. Enquanto as vendas para as montadoras recuaram 7%, o faturamento nominal obtido no mercado de reposição teve expansão de 17,2% no comparativo interanual.
No caso das exportações, as altas foram de 5% em reais e de 8% em dólares. As vendas intrassetoriais caíram 3,8%.
A utilização da capcidade produtiva da indústria brasileira de autopeças manteve-se, em novembro, próxima à dos meses anteriores, na faixa de 71%.
A evolução do emprego, segundo a pesquisa conjuntaral do Sindipeças, exibiu pequena variação negativa de 0,24% no comparativo de novembro com outubro, mas registrou crescimento de 1,3% no acumulado de 2023 e de 1,7% nos últimos 12 meses.
Foto: Divulgação/Mercedes-Benz
- 2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil” - 19 de dezembro de 2024
- 2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro - 19 de dezembro de 2024
- Importações de autopeças avançam 11%, exportações recuam 14% - 18 de dezembro de 2024