As ações da Volvo valorizaram perto de 20% nesta quinta-feira, 1, na Suécia. A razão? Nenhuma grande projeção favorável do mercado global de elétricos ou mesmo de resultados positivos recentes. Bem o contrário. A elevação dos papeis se deveu à informação de que a montadora sueca abrirá mão de sua participação na marca de esportivos elétricos Polestar.
Desmembrada da própria Volvo, a Polestar foi listada em bolsa há menos de dois anos, mas com a Volvo detendo 48% das ações. Agora a ideia é repassar essa participação integralmente para a chinesa Geely, controladora da Volvo e cujo proprietário, Eric Li, também é acionista da Polestar.
Com a desaceleração das vendas europeias de automóveis elétricos e, também por conta disso, adiamento de lançamentos previstos, os investidores mostraram-se reticentes quanto ao destino dos negócios da empresa e os papeis da Polestar perderam mais de 80% de seu valor desde a abertura do capital em junho de 2022.
No ano passado, a Volvo lucrou 17% menos, US$ 1,3 bilhão, incluindo perdas com a Polestar, que recebeu empréstimo de US$ 1 bilhão, valor que deve ser devolvido para a Volvo até 2028.
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Ao jornal inglês Financial Times, Jim Rowan, presidente da Volvo Cars, afirmou esta semana que a Geely é “muito mais uma holding natural para a Polestar”, que terá futuros automóveis com tecnologias da fabricante chinesa — atuais veículos Polestar já compartilham plataformas e sistemas Volvo.
Em nota, o conglomerado chinês afirmou que fornecerá suporte operacional e financeiro e manterá a marca independente e exclusiva. Já Thomas Ingenlath, principal executivo da Polestar, comemorou as negociações e disse que a Geely estará comprometida em transformar a Polestar em um marca forte.
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