Depois da Continental Automotive e de outros grandes fornecedores anunciarem a disposição de reduzir seus quadros de funcionários na Europa nos próximos anos, nesta segunda-feira, 19, foi a vez da Forvia.
A empresa francesa criada há exatos dois anos, em fevereiro de 2022, após a compra da Hella pela Faurecia, revelou que deve suprimir 10 mil postos nos proxímos cinco anos. O número representa ais de 13% do atual quadro de 75,5 mil funcionários.
Durante evento de apresentação de seu balanço financeiro de 2023, a Forvia disse que o ajuste é necessário para adequar a estrutura produtiva à queda da produção de veículos automóvel nos últimos anos e a projetada estagnação do setor até 2030 na Europa, em particular.
“Temos que nos adaptar. Acreditamos que esta situação é estrutural e que não vai melhorar”, afirmou Patrick Koller, diretor-geral da Forvia, que estima que na Europa a capacidade produtiva da empresa excede em cerca de 20% suas necessidades, sobretudo para o fornecimentos de bancos e sistemas de despoluição.
Com o enxugamento dos postos de trabalho, a empresa espera economizar cerca de € 500 milhões anuais até 2028. A reestruturação, no entanto, implicará aumento em custos estimados de € 1 bilhão, metade já em 2024 a 2025, calcula a Forvia, que no ano passado faturou € 27,2 bilhões, crescimento de 10,9%, teve lucro operacional de € 1,4 bilhão, 35,7% maior. A margem operacional chegou a 5,3%, resultados dentro dos projetados.
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