Desde o início da oferta, há um ano, a marca chinesa já entregou em torno de 130 unidades na região da América Latina
A XCMG, fabricante chinesa de máquinas pesadas, estima triplicar as vendas de caminhões elétricos na América Latina em 2024. O negócio, que a faz pioneira na oferta de cavalos-mecânicos movidos a bateria no País, começou há cerca de um ano e, de lá para cá, as entregas já somam volume entre 120 e 130 unidades, das quais 50% para transportadores brasileiro.
“Com base na evolução das prospecções e negociações em andamento, esperamos fechar o ano com vendas três vezes maiores em relação a 2023”, considera Ricardo Senda, responsável pela divisão de elétricos da XCMG.
Redução no custo de manutenção
A confiança de Senda se sustenta na argumentação de conceber projetos adequados, conforme a operação, para que a conta do transportador feche. Rotas cativas de curtas distâncias com viagens ininterruptas combinam melhor com uso de pesados elétricos.
“Em geral, se comparado com o caminhão a diesel, em três anos o elétrico proporcionará uma redução de até 70% no custo de manutenção”, aponta o executivo.
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Depois, Senda lembra que também o investimento inicial se mostra competitivo. O cavalo-mecânico E7-49T 6×4, atual ponta-lança da marca para a região, com capacidade para 49 toneladas de peso bruto total combinado (PBTC) e autonomia de 150 km, sai por R$ 1,3 milhão.
O valor não é longe ou até mesmo inferior a modelos convencionais Euro 6 de mesma categoria, embora o preço deva sofrer reajuste entre 12% e 15% em virtude do retorno do imposto de importação para elétricos, conforme adiantou o representante da XCMG.
A confiança no desempenho do negócio da XCMG em caminhão elétrico também se dá na medida que parcerias com gigantes do transporte de carga apostam na tendência. A Reiter Log, por exemplo, fechou com a fabricante aquisição de dez cavalos-mecânicos, a maior compra do volume acumulado pela fabricante.
Frota de veículos menos poluentes
Segundo Vanessa Reiter Pilz, diretora de ESG da operadora logística do Rio Grande de Sul, a empresa elencou a descarbonização como uma das prioridades. “Testamos as novidades, mesmo porque não acreditamos uma só solução. Cada operação tem suas próprias necessidades.”
Pilz conta que a Reiter Log busca ter 100% de veículos com propulsão alternativa até 2035. Atualmente, a proporção é de 30%, composta por 250 caminhões a gás, 40 modelos leves elétricos nos serviços de last mile e 15 unidades de caminhões pesados elétricos – dez da XCMG e cinco locados com a Volvo.
Para prospectar mais parcerias e encaminhar novos projetos, a XCMG adianta que prepara lançamentos que, inclusive, já operam em testes com clientes. O objetivo é ter oferta em todos os segmentos, dos leves aos pesados. O palco das apresentações será a Fenatran 2024, adianta Senda.
Fotos: XCMG/Divulgação
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