Já a demanda por máquinas agrícolas tende a seguir em queda, da ordem de 11% em 2024
Omovimento de queda nas vendas de máquinas agrícolas registrado em 2023 deve ser mantido agora em 2024, enquanto a demanda por máquinas rodovíárias, que também caiu no ano passado, tende a crescer este ano.
Após divulgação do balanço do ano recém-encerrado, que indicou redução de 13,2% no primeiro caso, para 60.981 unidades, e de 17,8% no segundo, para 30.399, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, estimou nova queda em máquinas agrícolas em 2024, de 11%, para 54,3 mil unidades, e alta de 5% em equipamentos rodoviários, para 31,8 mil unidades.
Entre as oportunidades favoráveis ao setor de máquinas, o executivo destacou a previsão de 1,7% decrescimento do PIB, a queda da taxa Selic, o valor de R$ 1,4 trilhão previsto no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) até 2026, o programa Nova Indústria Brasil e o aumento da demanda de alimentos no mundo.
Em contrapartida, citou alguns riscos como o efeito climático, o preço das commodities, as condições do Plano Safra, a expectativa nas concessões do PAC e a importação de produtos. Os dois primeiros itens, inclusive, são decisivos para a previsão de nova redução na venda de tratores de rodas e colheitadeiras este ano.
“O clima, aliado aos preços das commodities, contribuiu para a redução de investimentos no agronegócio no ano passado e são esses mesmo fatores que deverão impedir a retomada das vendas de máquinas agrícolas este ano”, explicou Rafael Miotto, presidente da CNH Industrial na América Latina.
Com relação às exportações, a Anfavea projeta queda de 3% em máquinas agrícolas, de 8.759 para 8.500, e expansão de 7% em máquinas rodoviárias, de 16.611 para 17.800 unidades.
Dados do setor
Antes de divulgar balanço e projeções, o presidente da Anfavea mostrou a importância do setor de máquinas no contexto da entidade. São cinco associadas do segmento, que exportam par 125 países.
O Brasil é o quarto maior produtor de máquinas agrícolas do mundo e o sexto em máquinas rodoviárias. Cadeia de fornecedores é de 10,2 mi empresas e desde 2019 o setor vem investimento R$ 1,5 bilhão em capacidades, P&D, descarbonização e segurança.
“Das 57 fábricas existentes no Brasil, 16 são de máquinas. A capacidade instalada do segmento, que gera 160 mil empregos, é de 126 mil unidades. Do faturamento total de R$ 70 bilhões da indústria automotiva nacional, R$ 9,3 bilhão são gerados pelo setor de máquinas”, relatou Lima Leite.
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