Só do Dolphin Mini, modelo de entrada, serão importadas 25 mil unidades
Afábrica da BYD em Camaçari, BA, cujas obras de adequação começam agora em março, entrará em operação somente no último trimestre deste ano. Mesmo assim, a aposta comercial da marca chinesa para 2024 no Brasil é para lá de audaciosa.
A meta de licenciamentos, revelou Henrique Antunes, diretor de Vendas e Marketing, durante o lançamento do Dolphin Mini, nesta quarta-feira, 28, é de cerca de 120 mil veículos, praticamente a totalidade de importados e equivalentes a 5% do mercado brasileiro do ano passado.
Em 2023, a BYD esbarrou nos 18 mil licenciamentos — 23 mil unidades negociadas no atacado, destaca Antunes — e já apareceu como a 13ª marca mais vendida de automóveis de passeio no mercado interno. O objetivo de 2024, portanto, representaria multiplicar pelo menos por seis esse desempenho, um gigantesco salto sobre uma base comparativa já considerável.
O resultado também colocaria a BYD na briga direta pela 7ª posição no ranking diante de marcas consagradas de automóveis- desconsiderando comerciais leves. No ano passado, por exemplo, a Renault precisou negociar 102,7 mil veículos para deter fatia de 6%. Honda, com 72 mil unidades, e Nissan, com 64 mil, ficaram próximas de 4%.
Peugeot e Citroën, marcas tradicionais e que contam com o poderio produtivo e comercial da Stellantis, venderam, cada uma, somente 30 mil veículos ou menos de 2% do total de 1,72 milhão de automóveis de passeio.
Confrontado com a observação de que a meta de vender 120 mil veículos em 2024 parece mais uma utopia, o diretor da BYD preferiu sorrir: “Foi o que muitos colegas disseram quando prevíamos as vendas de 2023 e que, no final, foram quase o dobro do que projetávamos”.
Para negociar uma frota tão significativa este ano contando apenas com produtos importados, a BYD pretende ampliar a atual linha oferecida na rede de concessionárias.
“Além do Dolphi Mini, faremos outros lançamentos em breve. E não temos limitação produtiva, o que pedirmos para a China, será enviado!”
(Henrique Antunes)
Antunes esgrime como capacidade da BYD de atendimento imediato à demanda as cerca de 10 mil unidades iniciais do Dolphin Mini agendadas para o Brasil. Cerca de 2 mil já estão concessionárias e as demais no porto de Vitória, ES, ou em navios a caminho.
LEIA MAIS
→ Mesmo para 4 pessoas, Dolphin Mini pode ser “a mosca na sopa” dos compactos
Os primeiros consumidores receberão o compacto a partir do primeiro dia de março e a ideia e que todos os que compraram o carro em três dias de pré-venda, cerca de 6,5 mil até esta quarta-feira, estejam com eles na garagem em no máximo 60 dias.
A BYD espera importar pelo menos 25 mil unidades do Dolphin Mini em 2024 — “podemos pedir até mais para a fábrica”.
Será, de acordo com Antunes, o carro mais vendido da BYD, à frente do Dolphin, modelo que respondeu por 6,8 mil licenciamentos em 2023, 38% da marca, e foi o elétrico mais vendido do País, com larga folga.
Foto: AutoIndústria
Com 249,4 mil unidades, outubro tem o melhor resultado mensal do ano
Em debate, os benefícios do Mover e a manutenção dos direitos constitucionais da Zona Franca…
AutoIndústria mostra na próxima semana tudo o que vai acontecer na Fenatran
Sedã e hatch ganham mais no conteúdo do que na forma
Lançada em 1998, Strada segue líder em emplacamentos este ano
Modelo E3-10T coloca a marca chinesa na disputa do mercado de entregas urbanas no País