Em quatro anos, o Paraguai desbancou a Argentina em máquinas agrícolas. EUA são os maiores compradores das rodoviárias.
A Anfavea divulgou o comparativo das exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias entre 2019 e 2023, mostrando não só os principais mercados de destino dos produtos brasileiros mas também quem mais ampliou ou reduziu negócios.
No caso das máquinas agrícolas, a Argentina dominava há quatro anos. Comprou US$ 132 milhões em 2019, com fatia de 36% no total das exportações brasileiras no segmento. O Paraguai, em contrapartida, ocupava a terceira colocação – US$ 59 milhões e 16%.
No ano passado, a participação da Argentina, com US$ 34 milhões, baixou para apenas 5% (sexto lugar), enquanto o Paraguai liderou a lista com 30% e US$ 195 milhões, volume mais do que três vezes superior ao registrado há quatro anos.
Presente na coletiva de máquinas realizada na quarta-feira, 28, o presidente da CNH Industrial da América Latina, Rafael Mioto, explicou que as necessidades dos agricultores paraguaios são muito similares às dos brasileiros, razão do aumento da procura por máquinas brasileiras. “O Paraguai é vizinho do Mato Grosso do Sul”, lembrou o executivo.
Tanto em 2019 como em 2023 os Estados Unidos aparecem em terceiro lugar, com participações de, respectivamente, 17% e 15% e valores de US$ 62 milhões e US$ 95 milhões. Os números foram apresentados na ocasião pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
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No ranking de 2023 dos principais compradores de máquinas agrícolas a Bolívia aparece em terceiro lugar (US$ 55 milhões e 9%), o Uruguai em quarto (US$ 53 milhões e 8%), e a África do Sul em quinto (US$ 51 milhões e 8%).
Máquinas rodoviárias
As exportações de máquinas rodoviárias, que ao contrário das relativas a máquinas agrícolas cresceram no ano passado, têm nos Estados Unidos o principal maior comprador.
O volume de vendas para o país estadunidense teve expressivo crescimento de 83% de 2019 para 2023, passando de US$ 1,18 bilhão para US$ 2,16 bilhões. Como houve crescimento geral das exportações no período, a participação foi praticamente a mesma – 51% e 52%, respectivamente.
O segundo e o terceiro colocados nesse ranking no ano passado foram México e Canadá, ambos com fatia de 6%. Na sequência, Austrália, Peru e Chile. Em 2019, o Canadá era o segundo colocado, seguido por Chile, Austrália e México.
No ano passado foram exportadas 16.611 máquinas rodoviárias, aumento de 9,5% sobre 2022. A previsão é de nova elevação neste ano, agora de 7%, o que deve representar um volume de 17.800 unidades, conforme revelado pela Anfavea.
Já no caso das máquinas agrícolas, a previsão é de um pequeno recuo de 3% nas exportações deste ano, com 8,5 mil unidades ante as 8.759 de 2023.
Foto: Divulgação/New Holland
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