A Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) consolidou balanço do ano passado do conjunto de resultados das instituições com registro de crescimento de 9% no total de recursos liberados para financiamento de veículos, para R$ 212,8 bilhões ante R$ 195,3 bilhões apurados em 2022. Com o resultado, o saldo total da carteira de veículos alcançou R$ 417,5 bilhões, aumento de 11,5% sobre os R$ 374,6 bilhões obtidos no ano anterior.

Na carteira de veículos, o CDC segue com a maior representatividade, chegando a R$ 415 bilhões, também alta de 11,5%. Por sua vez, o leasing encerrou o período estável, no patamar de R$ 2,5 bilhões. Enquanto o primeiro anotou de crescimento de 9,1% em recursos liberados, para R$ 211,8 bilhões, o segundo, somou R$ 1 bilhão.

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“A queda na taxa de juros e, principalmente as campanhas de incentivo com taxas atrativas realizadas pelas montadoras, ajudaram a compor esse resultado”, avalia em nota Paulo Noman, presidente da Anef, lembrando que a redução nos juros, inclusive, contribuiu para a queda nas vendas à vista de autos leves em relação ao ano passado, de 64% para 55%.

De acordo com o balanço, os veículos de passeio e comerciais leves financiados representaram 40% dos negócios, perto do patamar de 2021, quando chegou a 46%. Os financiamentos de motocicletas também cresceram de 34% para 37%. Já a participação das vendas a prazo de caminhões e ônibus saltou de 37% para 41%. Em todas as categorias de veículos, se verificou aumento do consórcio, a exceção foi no segmento de pesados que ficou estável em 5%, mas com expansão do Finame, de 29% para 31%.

No ano passado, a inadimplência acima de 90 dias pela pessoa física apresentou leve diminuição, de 0,1%, para 5,6%, enquanto pela pessoa jurídica permaneceu praticamente estável em 3,5%.

Para o exercício de 2024, o presidente da Anef projeta mais um período de bons resultados, impulsionados pela continuidade da queda na taxa de juros e pelo Marco Legal de Garantias. “As empresas terão mais segurança para conceder crédito no Brasil. Também taxas de juros mais baixas, economia estável e PIB positivo fazem com que o consumidor se sinta mais confiante em financiar um carro.”


Foto: Anef/Divulgação

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