Produzida na Nordex, no Uruguai, a nova Fiat Titano tem 50% de índice de nacionalização no âmbito do Mercosul, conforme revelado pelo vice-presidente da marca, Alexandre Aquino, no lançamento da picape na terça-feira, 12, em Chapada dos Guimarães, MT.
Sua base é a plataforma KP1 da chinesa Changan, utilizada na Peugeot Landtrek, também montada em Montevideo. A partir de agora, segundo Aquino, o projeto global KP1 será liderado pelo Brasil:
“Era um desejo antigo da Fiat ter uma picape no segmento D e estamos lançando a Titano com a certeza de fazer história”.
Ao comentar sobre o índice de localização de compras, equivalente à metade do valor do veículo, o vice-presidente da marca adiantou interesse da montadora de ampliar a aquisição de autopeças na região para abastecer a linha de montagem da Titano na capital uruguaia:
“A partir do início das suas vendas no mercado brasileiro e do crescimento gradativo da demanda, volumes maiores de produção certamente vão propiciar novas oportunidades de compras locais”, comentou Aquino durante após a entrevista coletiva de lançamento.
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A Titano, que além do Brasil também é comercializada na Argélia, é montada no Uruguai a partir de kits CKD importados da China, onde a Stellantis tem parceria com a Changan. O motor vem da França e por enquanto são agregadas peças do Brasil e do Uruguai, como bateria, molas, bancos e partes do chassi. Na fábrica de Montevidéo há procedimentos de solda e pintura.
Anterior à Stellantis
A parceria com a Peugeot ocorreu ainda na época da PSA (Peugeot – Citroën), que a partir da fusão global com a FCA (Fiat Chrysler – Jeep) gerou a Stellantis no início de 2021.
Com a união dos dois conglomerados, optou-se por investir na América do Sul em uma picape da Fiat, pela tradição que a marca italiana tem principalmente no mercado brasileiro de picapes. Na China, o modelo tem o nome de Kaicene F70.
“A beleza de ser Stellantis é ter várias opções, como a de optar pela marca Fiat e também a de montar o produto no Uruguai”, comentou o vice-presidente, descartando intenção de levar a linha de montagem da Titano para a Argentina, país que concentra a produção das principais picapes concorrentes da Titano, como a Toyota Hilux, Ford Ranger e Nissan Frontier.
Foto: Divulgação/Fiat
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