A indústria automotiva tem usado cada vez mais plásticos reciclados nos projetos e produção de veículos. Ao menos esse é o cenário apontado no estudo Monitoramento dos Índices de Reciclagem Mecânica de Plásticos Pós-Consumo no Brasil, encomendado pelo Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PlCPast), iniciativa da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e Braskem, à empresa de consultoria MaxiQuim.

Pelos dados mais recentes, em 2022 a indústria de veículos consumiu por volta de 65 mil toneladas de resinas plásticas pós-consumo recicladas, volume 40% superior ao utilizado no anterior, quando se contabilizou 47 mil toneladas.

Segundo Simone Carvalho, integrante do grupo técnico do PICPlast, o maior uso do plástico reciclado tem correlação com a busca contínua pela redução de peso e consequente redução no consumo de combustível e emissões, mas também pela maior capacidade absorção de impactos oferecida pelo material.

“A utilização de plásticos na produção de autopeças já representa um grande avanço para o setor (automotivo) em termos de custos. Quando acrescentada a questão da utilização de plásticos reciclados, o valor agregado é ainda mais evidente, considerando a circularidade de produtos no setor automotivo”, observa em nota a representante técnica do PICPlast.

De acordo com a MaxiQuim, até 2026 o mercado mundial de plásticos automotivos valerá por volta de US$ 68,6 bilhões. Em 2018, a cifra era de US$ 48,7 bilhões, o que significará avanço de 41% no intervalo de oito anos.

Ainda conforme a consultoria, atualmente o plástico reciclado utilizado pela indústria automotiva representa de 4% a 5%. A previsão é de chegar a 10% até 2030.


Foto: Renault/Divulgação

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