As vendas a vista ainda estão em patamar acima da média histórica, mas a oferta de crédito vem gradativamente crescendo e, com isso, cresce a participação das transações financiadas no mercado automotivo, com reflexo positivo no movimento das concessionárias.

Ao divulgar os números oficiais do setor na manhã desta quarta-feira, 3, o presidente da Fenabrave, José Maucício Andreta Jr., disse que os segmentos de maior volume vêm acumulando resultados consistentes neste início de ano por causa, principalmente, da melhora no ambiente de crédito.

“Especialmente no caso dos automóveis e comerciais leves, a maior facilidade para a obtenção de financiamento foi decisiva para garantir o crescimento da média de vendas diárias nos três primeiros meses do ano”, comentou o executivo, lembrando que o volume de março deste ano só foi inferior ao do mesmo mês do ano passado por causa do menor número de dias úteis.

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Andreta revelou dados fornecidos pela B3 sobre o perfil atual de compras no setor: “Tradicionalmente, as vendas a prazo respondiam por 60% a 70% dos negócios automotivos. Esse índice estava em 52,5% em fevereiro de 2023 e subiu para 56,7% em idêntico mês de 2024, um ganho de 4,2 pontos porcentuais”.

Além do aumento de 15,5% na aprovação de crédito por parte dos bancos, a redução das taxas de juros, apesar de ainda tímida, também é atrativo para o consumidor do varejo automotivo. Andreta Jr. acredita que ao longo deste ano as compras a prazo voltem a patamar próximo de 70%.

Foram vendidos em março 176 mil veículos leves, alta de 13,3% sobre fevereiro e queda de 6% sobre março de 2023, quando foram emplacadas 186,5 mil unidades principalmente em função de três dias úteis a mais.

No ano o segmento de carros e comerciais leves já acumula 483,3 mil unidades, crescimento de 11% sobre o primeiro trimestre do ano passado.

Segundo o presidente da Fenabrave, o movimento nas concessiónárias poderia ter sido ainda melhor em março não fosse a falta de alguns produtos que estão parados nos portos por causa da greve do Ibama.

O movimento não afeta a entrada de carros elétricos, que não dependem de aprovação relativa à emissão de poluentes, mas prejudica a entrada no País de modelos híbridos e a combustão.


Foto: Pixabay

Alzira Rodrigues
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