Indústria

Produção de veículos leves não decola no ano

Balanço do trimestre é marcado por alta de 40,4% na venda de importados e queda de 28,4% nas exportações

Apesar do crescimento de 11% na demanda por veículos leves no primeiro trimestre, de 436,9 mil para 484 mil unidades, a produção brasileira do segmento recuou 1%, de 507,5 mil para 502,2 mil unidades no comparativo interanual.

A explicação está no comportamento tanto das importações como das exportações. Enquanto a venda de automóveis e comerciais leves importados teve a expressiva alta de 40,4% no trimestre, de 63,2 mil para 88,2 mil unidades, a de nacionais cresceu apenas 5,8%, de 373,1 mil para 395,3 mil.

Ao divulgar o balanço do setor nesta segunda-feira, 8, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, estimou uma perda de 60 mil unidades na produção de veículos no acumulado do trimestre.

Parte pelo avanço dos importados, parte pelas 30 mil unidades exportadas a menos este ano. Os embarques recuaram 28,4%, de 108,9 mil para 78 mil unidades no comparativo trimestral. “Não fosse a alta de venda dos importados, poderímos ter ampliado produção em 5%”.

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Importante lembrar com relação aos importados que o volume de emplacamentos poderia ser ainda maior não fosse a greve dos funcionários do Ibama, que tem provocado a retenção de 30 mil veículos nos portos à espera de liberação referente à emissão de poluentes.

Na soma dos leves e pesados, a produção de veículos teve alta de 0,4% no trimestre, de 536 mil para 538 mil unidades. Em contraste com a relativa ao segmento de leves, que até chegou a cair, a de pesados cresceu 28,4% no ano, para 78 mil unidades fabricadas nos três primeiros meses.

Em março foram fabricadas 195,8 mil veículos leves e pesados, o maior volume em quatro meses e alta de 3,2% sobre fevereiro, que teve três dias úteis a menos. Apesar de a produção estar por enquanto derrapando, Lima Leite se mostrou otimista com relação aos próximos meses:

“Acreditamos que a partir de agora haverá um aumento contínuo na produção e, por isso, mantemos nossa projeção de alta de 6% para o ano. Nosso desafio é buscar novos mercados para crescer nas exportações, ao mesmo tempo que precisamos ter olhar atento para o aumento das importações”, comentou Lima Leite.


Foto: Divulgação/VW

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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