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Direção elétrica segue ganhando espaço sobre a hidráulica

thyssenkrupp informa que em dez anos sua participação nos carros brasileiros subiu de 25% para 70%

Fabricante de sistemas de direção, a divisão Steering da thyssenkrupp vem ampliando negócios no segmento de direção elétrica, que hoje domina sua produção no Brasil.

“Não se trata mais de uma tecnologia restrita aos veículos premium, porque até mesmo modelos mais populares já a trazem embarcada”, comenta Conrado Gomes, diretor geral da thyssenkrupp Steering para o Brasil.

De acordo com dados fornecidos pela empresa, a participação da direção elétrica no mercado brasileiro, que era de apenas 14% em 2014, está hoje em torno de 70%. Diante desse movimento, o volume de CEPS (coluna elétrica) da thyssenkrupp teve um crescimento exponencial nos últimos anos, enquanto que os de coluna mecânica sofreram queda.

Conrado Gomes explica que a solução de direção elétrica EPS (Electronic Power-Assisted Steering) da thyssenkrupp é exclusiva da empresa, visto que tanto o hardware como o software são criações próprias.

A thyssenkrupp conta com um centro de Desenvolvimento de Software para sistemas de direção em Budapeste, na Hungria, onde há em desenvolvimento várias outras inovações relacionadas a tecnologias de direção para veículos autônomos, como o sistema steer-by-wire, que não requer uma ligação mecânica direta entre o volante e as rodas do automóvel.

No Brasil, nove em cada dez veículos fabricados localmente são equipados com componentes produzidos pela empresa. O seu portfólio automotivo também inclui componentes de motores (eixos de comando, virabrequins e bielas) e de suspensão e chassis (sistemas de direção, amortecedores, molas e barras estabilizadoras), entre outros.

A empresa possui fábricas automotivas nas cidades de Ibirité, Poços de Caldas e Santa Luzia, em Minas Gerais, São José dos Pinhais, PR, e São Paulo e Campo Limpo Paulista, no estado paulista.

Mais antiga, criada no início dos anos de 1950, a direção hidráulica funciona por meio de uma bomba de óleo impulsionada pelo motor do carro, que lubrifica a caixa de direção e deixa o volante mais leve.

Já a direção elétrica, lançada no final da década de 1980, consiste em um motor elétrico acoplado à coluna ou à caixa de direção, auxiliando as manobras do volante sem estar diretamente conectado ao motor principal do veículo.

“Atualmente, no Brasil, o sistema de direção elétrica é aplicado na coluna de direção em veículos menores e, nos maiores e mais pesados, está associada à caixa de direção. Neste caso, a coluna de direção continua sendo mecânica, mas o sistema de direção como um todo é eletricamente assistido”, esclarece Gomes.

O executivo lembra que os sistemas de direção elétrica são um pré-requisito para todos os sistemas de assistência eletrônica ao motorista, como estacionamento automatizado, assistência na mudança de faixas, aviso de distância e direção autônoma. Ou seja, é fundamental quando se trata de carro autônomo.

Sistema steer-by-wire

Sobre o sistema steer-by-wire, atualmente em desenvolvimento, Gomes explica que ele oferece uma ampla gama de novas oportunidades para aperfeiçoar a sensação e a resposta do veículo em relação à direção, porém também introduz desafios inéditos.

“Nossos avanços na tecnologia de direção por sinais eletrônicos têm foco na criação de uma experiência de direção natural e em recursos de segurança que sejam tolerantes a falhas e redundantes. É crucial garantir que o veículo possa ser manobrado com segurança, mesmo em situações em que a transmissão eletrônica de dados seja interrompida ou ocorra uma falha parcial no sistema”, conclui Gomes.


Foto: Divulgação/thyssenkrupp

 

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Redação AutoIndústria

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