Indústria

BNDES começa a receber projetos de descarbonização no setor automotivo

Para este ano estão disponíveis R$ 40 milhões destinados ao financiamento de pesquisas em propulsão de baixa emissão, baterias, biocombustíveis e processos de produção de veículos

O BNDES anuncia que começou a receber, a partir desta sexta-feira, 12, projetos que contribuam com a descarbonização impulsionados pelo setor automotivo. A iniciativa faz parte do programa Rota 2030 cujo total soma R$ 200 milhões para os próximos cinco anos. Para 2024, o banco dispõe de R$ 40 milhões não reembolsáveis.

Para a linha de financiamento, os projetos devem colocar foco em baterias e trens de força de baixa emissão, em especial em propulsão híbrida com uso de biocombustível; descarbonização nos processos produtivos de veículos, o que inclui soluções com novos materiais; e pesquisa em biocombustíveis e suas aplicações em veículos leves, pesados e máquinas agrícolas, com destaque para o biometano.

LEIA MAIS

BNDES libera R$ 500 milhões para projeto dos eletrificados da Volkswagen

Acordo entre MDIC e BNDES destina R$ 200 milhões para descarbonização

De acordo com o banco, o programa se propõe a potencializar a competividade da indústria automotiva. “Vamos estimular a inovação tecnológica, a capacitação da mão-de-obra e a geração de empregos qualificados, em linha com as prioridades de desenvolvimento definidas pelo governo do presidente Lula”, resumiu Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

Segundo orientação do banco, as propostas deverão enviada por meio do ícone Chamada Pública no Portal do Cliente, no site do BNDES que, por sua vez considerará os seguintes critérios:

  • aderência aos focos temáticos e às plataformas veiculares elegíveis;
  • impacto econômico e ambiental da tecnologia;
  • desafios tecnológicos envolvidos;
  • grau de ineditismo da tecnologia a ser desenvolvida;
  • potencial de introdução das inovações no mercado;
  • aplicação potencial da tecnologia em outros setores;
  • cooperação na cadeia de fornecedores;
  • capacitação da equipe do projeto e da instituição de pesquisa;
  • alinhamento com outras políticas públicas.

Os projetos devem ser encaminhados por instituições de pesquisa, mas podem contar com parceria de empresas. O valor mínimo é de R$ 10 milhões por operação. Em projetos com a participação de montadoras, será obrigatória a participação de pelo menos uma empresa da cadeia de fornecimento de componentes. O Banco terá participação máxima de até 80% do valor dos itens financiáveis; e de até 90% para projetos ou empresas sediadas nas regiões Norte e Nordeste.

Para mais informações, o BNDES recomenda o www.bndes.gov.br/rota2030.


Foto: Gerd Altmann/Pixabay

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

Anfavea sobre eletrificados chineses: “Discussão está quente”.

Lima Leite diz que entidade externou a urgência junto a Lula e ministros: "Esperamos uma…

% dias atrás

Em fevereiro, a maior produção de veículos em seis anos

No bimestre, foram 392,9 mil unidades, com alta de 14,8% sobre 2024. Só neste ano…

% dias atrás

Produção de caminhões fecha o bimestre em alta de 10,5%

Apesar do resultado positivo, Anfavea acende sinais de alerta devido ao aumento nos custos do…

% dias atrás

Puxadas pela Argentina, exportações têm em fevereiro melhor mês desde 2018

Embarques no primeiro bimestre cresceram 55%

% dias atrás

Stellantis e Iveco fecham parceria em negócio de vans elétricas

Projeto envolver fornecimento de dois modelos com início das vendas previsto para meados de 2026

% dias atrás

Segmento de ônibus confirma momento positivo

No primeiro bimestre, enquanto a produção cresceu 11%, as vendas avançaram 47%

% dias atrás