Exportações caem 15,2% e importações ficam estáveis. Saldo negativo chega a US$ 2,9 bilhões no trimestre, alta de 13,8%.
Ao contrário do ano passado, marcado por vendas externas em alta, os negócios da indústria brasileira de autopeças com outros países não engatam este ano.
Direcionadas a 181 mercados, as exportações totalizaram US$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre do ano, valor 15,2% menor que o registrado em iguais meses de 2023 (US$ 2,2 bilhões), segundo dados do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, consolidados pelo Sindipeças.
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“A crise na Argentina e a desaceleração do mercado automotivo em países vizinhos têm certamente afetado as transações comerciais”, avalia a entidade em seu relatório mensal da balança comercial do setor.
Já as importações no período, de 126 diferentes origens, cresceram 0,6% e chegaram a US$ 4,8 bilhões, ante os US$ 4,8 bilhões de idêntico intervalo de 2023. Em março foi importado total de US$ 1,8 bilhão, aumento de 31% em relação a fevereiro/24 e variação negativa de 1,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.
No comparativo mensal das exportações, foram US$ 650,7 milhões no mês passado, crescimento de 6,3% em relação ao segundo mês do ano (US$ 611,9 milhões) e queda de 18,4% frente a março de 2023 (US$ 797,2 milhões).
“Como consequência do desempenho descrito acima, o saldo comercial apresentou resultado deficitário de US$ 2,9 bilhões, com aumento de 13,8% em relação a igual período do ano anterior”, informa o relatório mensal do Sindipeças.
No cômputo de março, o déficit aumentou em 11,1% comparado a igual mês do ano anterior e 67,4% em relação a fevereiro.
No Top 3 das exportações do trimestre, verifica-se queda de 20% nos negócios com a Argentina, restritas a US$ 600 milhões este ano, e de 7,3% com os Estados Unidos (US$ 317 milhões). Jas as vendas para a México cresceram 5,8%, para US$ 223,4 milhões.
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