Do ranking da Fenabrave das dez marcas mais vendidas no Brasil, faltava só a Honda para anunciar novo ciclo de aportes no País, o que ocorreu na sexta-feira, 19, em reunião dos executivos da montadora com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Até esse anúncio, no valor de R$ 4,2 bilhões revelado pelo presidente da Honda América do Sul, Arata Ichinose (foto acima) , a Anfavea já havia contabilizado aporte de R$ 125 bilhões.

Tal montante foi revelado pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, uma semana antes, dia 12, durante a inauguração da nova sede da entidade na capital paulista, com participação de Lula e Geraldo Alckmin, o titular do MDIC, atém de outros ministros (foto abaixo).

Enfim, são agora R$ 129,2 bilhões de 2021 a 2030, dos quais perto de R$ 80 bilhões anunciados entre o final do ano passado e o início de 2024, reflexo, conforme admitem as próprias fabricantes, de incentivos previstos no Mover, o novo programa automotivo do setor.

Das montadoras aqui instaladas, o maior aporte, de R$ 30 bilhões, é da Stellantis. Importante lembrar, contudo, que a empresa representa cinco marcas locais — Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram.

A Volkswagen isoladamente está investindo R$ 16 bilhões, dos quais R$ 9 bilhões foram acrescidos este ano ao ciclo que já tinha sido iniciado no País. Outras montadoras, como a Nissan, também complementaram no atual governo valores divulgados anteriormente.

Com relação ao Top 10, além de duas marcas da Stellantisb — Fiat e Jeep — e das citadas Volkswagen e Honda, os demais investimentos são da GM (R$ 7 bilhões), Toyota (R$ 11,2 bilhões), Hyundai (R$ 5,4 bilhões), Renault (US$ 5,1 bilhões), Nissan (R$ 2,8 bilhões) e BYD (R$ 5,4 bilhões).

Das dez, a única que ainda não tem produção local é a BYD, que assim como a também chinesa GWM iniciará operações fabris por aqui a partir do final deste ano ou início de 2025.

A BYD tinha falando inicialmente em R$ 3 bilhões e este ano revisou números para R$ 5,4 bilhões. Sua fábrica será em Camaçari, BA, nas antigas instalações da Ford. A GWM diz que seu aporte é da ordem de R$ 10 bilhões, com unidade industrial em Iracemápolis, SP, onde antes a Mercedes-Benz produzia automóveis.

Fora do Top 10, além da GWM, tem aporte de R$ 4 bilhões da HPE, representante da marca Mitsubishi, e de R$ 3 bilhões da Caoa Chery.


Foto: Divulgação/Presidência República

Alzira Rodrigues
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