No caso dos caminhões, chega a 12 anos e dois meses
O Sindipeças acaba de atualizar em seu site os números da frota circulante brasileira, que atingiu 47 milhões de veículos, entre leves e pesados, e 13,4 milhões de motocicletas, totalizando 60,4 milhões de unidades no ano passado.
Com relação à idade média, a entidade destaca que segue firme o processo de envelhecimento da frota brasileira. A idade média é de 10 anos e 8 meses para veículos e 8 anos e 3 meses para motocicletas.
Por segmento o comportamento é o seguinte: 11 anos e 1 mês para automóveis, 8 anos e 9 meses para comerciais leves, 12 anos e 2 meses para caminhões e 11 anos e três meses para os ônibus.
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Do total de 47 milhões de veículos, 38,4 milhões são carros (81,5% do total) e 6,2 milhões referem-se a comerciais leves (13%). Do restante, 2,2 milhões de caminhões (4,6%) e 388,9 mil ônibus (0,8%).
Nos últimos 10 anos o envelhecimento da frota de veículos aumentou em mais de 2 anos. Em relação a 2022, houve movimento de queda na representatividade de veículos com menos idade, aqueles com até 5 anos (-4,3%) e de 6 a 10 anos (-8,3%), e o aumento dos veículos com maior idade, de 11 a 15 anos (5,6%) e de 6 a 20 anos (14,9%).
Na avaliação do Sindipeças, o encarecimento do valor do veículo devido à incorporação de novas tecnologias, seja por itens de segurança ou energia limpa, além das altas taxas de juros, nível elevado de inadimplência, dificuldade de obtenção de crédito e desvalorização cambial não oferecem um cenário propício para alterar essa realidade.
“Transformar o cenário automotivo no Brasil, impulsionando-o para posições mais altas no ranking automotivo mundial, seja em vendas, seja em produção, exige estabilidade macroeconômica a médio e longo prazos, aliada à implementações de políticas públicas que incentivem a renovação da frota circulante e, consequentemente, garantam um trânsito mais sustentável, do ponto de vista de segurança veicular e ambiental”, destaca o sindicatos dos fabricantes de autopeças em seu relatório anual sobre a frota circulante.
Esse conjunto de fatores, de acordo com a entidade, se traduziu na lenta evolução da produção e das vendas do setor. Entre 2020 e 2023, a fabricação de veículos novos (média de 2,2 milhões de unidades no período) não conseguiu se aproximar das 2,9 milhões de unidades geradas em 2019 e manteve distância oceânica das 3,7 milhões de unidades de 2013.
Igualmente, os licenciamentos nacionais que haviam alcançado 2,5 milhões em 2019 − e cifra recorde de 3,1 milhões de unidades em 2013 − não chegaram em nenhum dos anos pós-pandemia a volumes superiores a 2 milhões de unidades.
Essa realidade se manteve inalterada em 2023. O montante de autoveículos em circulação apresentou incremento de 0,5% em relação ao ano anterior, sendo que em 2022 havia sido de 0,6%. Na média dos últimos quatro anos (2020–2023), a frota brasileira cresceu mísero 0,7%, o que corrobora seu processo de envelhecimento.
Foto: Pixabay
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