Tragédia no Rio Grande do Sul acende sinal amarelo pelos possíveis impactos na cadeia do segmento
A produção de caminhões encerrou o primeiro quadrimestre do ano com evidente sinal de recuperação em relação ao ano passado. No período, saíram das linhas de montagem 40,9 mil unidades, volume 29,1% superior ao anotado há um ano, de 31,7 mil.
Somente no mês passado, as fabricantes produziram 11,6 mil caminhões, número que expressou alta de 3,8% sobre o desempenho de março (11,2 mil), mas também evolução significativa de 60,7% em relação a abril do ano passado, quando registrou 7,2 mil unidades produzidas.
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Para Eduardo Freitas, vice-presidente da Anfavea, nos resultados deve-se considerar a base baixa de comparação. Cabe lembrar que o ano passado teve como pano de fundo a entrada em vigor do Proconve P8, provocando desaquecimento na demanda. “Mas até o momento há uma sólida trajetória positiva. O ritmo sinaliza a retomada da normalidade”, observou durante apresentação do balanço do setor automotivo, na quarta-feira, 8.
Freitas, no entanto, alertou a respeito dos possíveis impactos provocados pela calamidade no Rio Grande do Sul, com safra prejudicada e rodovias bloqueadas. “O estado é um grande produtor agrícola, com a economia atrelada ao agro. A região também é um polo importante de fornecedores de autopeças. Ainda é cedo para avaliar a dimensão do impacto. Mas há riscos de quedas tanto na produção quanto no mercado.”
Foto: Mercedes-Benz/Divulgação
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