Com os funcionários em greve desde terça-feira da semana passada, 7, a Renault enfrentou nesta segunda-feira, 13, o quinto dia sem operações na fábrica de São José dos Pinhais, PR, onde são produzidos o Kwid, Duster, Oroch, Master e, mais recentemente, o Kardian.

Pela estimativas do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, SMC, deixaram de ser fabricados perto de 4 mil veículos, considerando uma produção por dia útil da ordem de 800 unidades.

No mercado interno a Renault chegou a comercializar 750 veículos na média diária de dezembro, um mês tradicionalmente forte. Em abril, suas vendas diárias foram da ordem de 540 unidades. Além de atender mercado interno, a fábrica paranaense abastece outros países da região.

A montadora veio a reconhecer perda próxima de 4 mil na terça-feira, 14, ao divulgar que foram exatos 3.816 unidades não produzidas em cinco dias de paralisação.

Os trabalhadores entraram em greve reivindicando definição do valor total da PLR, Participação nos Lucros e Resultados, da data-base e de um aumento real de salário.

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Sem acerto entre as partes, a Renault entrou com dissídio coletivo no TRT, Tribunal Regional do Trabalho, na quinta-feira, 9, propondo PLR de R$ 25 mil a ser pago em duas parcelas, data-base em setembro e reajuste com base do INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

Na sexta-feira, 10, houve reunião de conciliação no TRT, que durou mais de três horas, mas sem acordo entre as partes. A nova audiência está programada para a próxima quarta-feira, 15, às 14h, e nova assembleia só ocorrerá na quinta-feira, 16, pela amanhã, conforme informações divulgadas hoje pelo SMC.

Ou seja, serão pelo menos mais dois dias de paralisação, o que elevará as perdas da Renault, para algo acima de 5,5 mil unidades, com os consequentes prejuízos nas vendas internas e de participação no mercado.


Foto: Divulgação/Renault

Alzira Rodrigues
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